Reprodução/ Faceboock
Fonte/ O Dia
O deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, (MDB), foi preso, na manhã desta quarta-feira (3), na Barra da Tijuca, Zona Oeste, em uma operação conjunta da Polícia Civil, Polícia Federal e do Ministério Público do Rio (MRPJ). De acordo com as investigações, o parlamentar utiliza seu mandato para favorecer o crime organizado, intermediando a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinado a comunidades controladas pelo Comando Vermelho (CV).
Thiego foi alvo de duas operações que ocorreram simultaneamente. Ao todo, foram 18 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Estadual e Federal. As ações terminaram com 15 presos.
Entre os alvos da Operação Bandeirantes estavam narcoterroristas, um assessor parlamentar e a mulher de um traficante, lotada em cargo parlamentar por indicação do deputado. Para esta ação, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) expediu quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão. Além da Barra da Tijuca, as equipes atuam na Freguesia, ainda na Zona Oeste, e em Copacabana, na Zona Sul.
Segundo a Policia Civil, houve movimentações financeiras suspeitas envolvendo empresas ligadas a Thiego, com alertas sucessivos emitidos por instituições financeiras, reforçando a prática de lavagem de dinheiro. O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, destacou a gravidade do caso.
"Estamos diante de uma investigação que comprova a infiltração direta do crime organizado dentro do parlamento fluminense. O deputado eleito para representar a sociedade colocou seu mandato a serviço da maior facção criminosa do Rio de Janeiro. A 'Operação Bandeirante' é mais uma demonstração de que não haverá blindagem política para criminosos: seja traficante armado na favela ou de terno na Assembleia, a resposta do Estado será a mesma", disse.
A corporação destacou que, com as provas reunidas, a operação evidencia o papel central do deputado na articulação criminosa, consolidando uma ligação direta com o CV e sua atuação para expandir os interesses da facção.
Denúncia
A Procuradoria-Geral de Justiça do MPRJ denunciou Thiego e outras quatro pessoas por associação para o tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito.