Manobra política desarticulou grupo dos 7 vereadores . Eleição será amanhã.
Uma manobra política mudou completamente as formações das chapas que irão concorrer à presidência da Câmara Municipal de Alta Floresta na eleição prevista par acontecer na sessão desta terça-feira, 25.
O grupo dos 7 vereadores que tinha o vereador Bernardo Patrício candidato a presidente e Elói Crestani, vice-presidente, se dissolveu com a saída dos vereadores Paulinho Jiló e do próprio Elói, que passa a encabeçar a outra chapa como candidato a presidente.
A saída de Elói Crestani do grupo pegou o vereador Bernardo Patrício de surpresa. “Eu estou chateado porque havia um compromisso. O vereador Elói anunciou através da imprensa que os 7 vereadores permaneceriam unidos. No entanto, ele abandonou o grupo e não deu sequer satisfação. Em nossa última conversa eu lhe disse que se quisesse a presidência, não precisaria mudar de lado. Eu abriria mão para ele. Me sinto traído e nos bastidores falam que o preço destas mudanças foi R$ 100 mil”, lamenta Bernardo.
O vereador Dida Pires assegura que os 5 vereadores que permaneceram no grupo vão disputar a eleição. “É uma questão de coerência. O grupo permanece com a mesma proposta de antes. Existem muitas coisas com as quais não concordamos”, enfatiza Dida Pires.
Dida Pires acentua que quem irá definir a eleição é o vereador Charles Miranda, que ainda não se manifestou em quem irá votar e Oslen Dias, o Tuti que não comunicou se irá ou não permanecer com o grupo. “O Dr. Charmes é imprevisível e o voto dele irá decidir a eleição”, pontua Dida.
Articulação- Por outro lado, o atual presidente da Câmara de Alta Floresta, Emerson Machado (PMDB), assegurou que conta, inclusive, com o voto do vereador Oslen Dias, o Tuti, que garantiu que votará na chapa encabeçada por Elói Crestani e ele como primeiro secretário. “O Tuti me garantiu que está com a nossa chapa. Me disse que até mandou tirar o nome dele da outra chapa, no cargo de segundo secretário e o Dr. Charles é do nosso grupo”, disse Emerson Machado.
Emerson acentua que trabalhou calado. “Achavam que eu já tinha perdido, mas trabalhei quieto e trouxe dois vereadores que estavam no outro lado. Abri mão da presidência em favor do vereador Elói e fechamos a chapa”, comenta ele.
O peemedebista assegura que não houve interferência externa para a mudança no cenário da eleição para a mesa diretora da Câmara Municipal. “Eu fiquei chateado com o deputado Romoaldo porque ele se recusou a me apoiar. Ele argumentou que os vereadores Bernardo e Dida Pires lhe apoiaram na eleição, por isso, não iria interferir no processo. Fui à Cuiabá falar com o Romoaldo, mas ele não quis me ajudar”, enfatizou Emerson.
De acordo com Emerson, Elói Crestani, caso permanecesse na chapa do vereador Bernardo, iria perder o mandato por infidelidade partidária. Conforme ele, os dirigentes do PMDB em Alta Floresta realizaram uma reunião na quinta-feira à noite e expuseram a situação para o vereador Elói.
“Ele teria que estar junto com o partido para não perder o mandato. Agora é só esperar a eleição na terça-feira. Não digo que já ganhamos. Sou pé no chão e voto só temos a certeza depois de anunciado, mas acredito que está tudo encaminhado”, afirma Emerson.
As duas chapas foram protocoladas na sexta-feira, data limite para o procedimento. A chapa denominada Legislativo em Ação II, tem o vereador Elói Crestani candidato a presidente, Paulo César Chardulo, o Paulinho Jiló, vice-presidente, Emerson Machado, primeiro secretário e Reinaldo de Souza, O Lau, segundo secretário.
A chapa denominada União Independente tem o vereador Bernardo como presidente, primeiro secretário, Dida Pires, vice-presidente Rogério Colicchio e segundo secretário Elisa Gomes.
José Vieira do Nascimento Editor MT Norte