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Política Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2021, 00:00 - A | A

10 de Fevereiro de 2021, 00h:00 - A | A

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Ofício de prefeitos cobra apoio do governador no combate ao covid-19



José Vieira do Nascimento
editor Mato Grosso do Norte

Os Prefeitos dos municípios da região de Alta Floresta externam grande preocupação com um possível avanço nos casos de covid-19, que poderia causar um colapso no sistema de saúde, pela falta de estrutura para prestar atendimento à população. 
Na segunda-feira, 8, os prefeitos e secretários de saúde dos 6 municípios, convocaram uma reunião emergencial para discutir o grave problema. 
A preocupação dos gestores é plausível já que o percentual de atendimento nos leitos do hospital regional, Albert Sabin é praticamente 100%. Dos 14 leitos, todos já chegaram a ficar ocupados.  E no hospital privado, que atende aos pacientes de covid-19 com leitos de UTI, a ocupação é de 100%. 
Prefeitos e Secretários de Saúde dos municípios que compõem o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Alto Tapajós, Alta Floresta, Paranaíta, Carlinda, Apiacás, Nova Bandeirantes e Nova Monte Verde, se reuniram no auditório do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) com o propósito de se posicionarem sobre a gravidade do quadro epidemiológico e cobrar providências do governo estadual.  
Os prefeitos redigiram um oficio que foi enviado ao governador Mauro Mendes, pedindo a contratação de mais leitos, tanto no hospital regional, como também na rede privada. A região vive um colapso iminente, com a possível chegada do momento de não mais haver leitos para atender à pacientes com casos grave e moderados de covid. 
“Estamos no limite aqui na região e queremos pedir ajudar e chamar a atenção do governador Mauro Mendes para a gravidade da situação. Os casos estão aumentando e temos que nos prevenir, para se continuar aumentando os casos, termos condições de atender a população. Precisamos que o governo nos auxilie nestas demandas”, alerta Chico Gamba.
O secretário de Saúde de Alta Floresta Lauriano Barella, disse que é importante a população ouvir os apelos de cuidados que estão sendo feitos pelas autoridades. 
“Que a população ouça este apelo e seja participativa. Antes, os casos de mortes eram de pessoas desconhecidas, mas cada vez mais são de pessoas mais próximas. Cada família conhece alguém que teve a vida ceifada pela covid. E a tendência é cada vez mais grave, mas muitas vezes as pessoas não estão entendendo a gravidade da situação até passar por ela”, lembra Lauriano Barella.

O prefeito de Paranaíta, Osmar Moreira (Mandacaru) disse que o governador tem ajudado os municípios da região. Porém, a ocupação dos leitos chegou no limite máximo e a população está correndo risco. 

“Nós como prefeitos, temos a responsabilidade de levar até ao senhor [governador] a nossa preocupação. E pedimos a população que se cuide, porque estamos a 1000 quilômetros de Cuiabá e a nossa logística é muito difícil”, pontua Osmar.
Em Paranaíta estamos fazendo a nossa parte, até levamos remédios nas casas das pessoas. Mas atendemos na base. A media e alta complexidade é responsabilidade do Estado. As UTI são regulados para o Hospital Regional de Alta Floresta. E as 14 vagas já ficaram ocupadas e isto nos assustou. Por isso, estamos cobrando juntos com os demais prefeitos, que disponibilizamos urgente, mais leitos”, reitera o prefeito.
O prefeito de Nova Monte Verde, Edemilson Marino dos Santos, lembra que a situação, com esta segunda onda da doença é ainda pior do que a primeira, e que os prefeitos estão se esforçando para dar o atendimento à população. No entanto, é preciso de mais apoio do governo estadual. “Juntos com os demais prefeitos, vamos fazer a nossa parte para sairmos desta pandemia”, disse.
A secretária de Saúde de Paranaíta, Andreia Fabiana dos Reis, enfatizou que o cidadão deve entender que a única forma de combater a covid é se conscientizar que a responsabilidade não é apenas do poder público, mas de todos. 
“Já chegamos ao colapso no hospital regional com a ocupação de todos os 14 leitos de covid. Se precisássemos encaminhar um paciente, não teria vaga. Tudo o que pode ser feito pelo poder público, estamos fazendo em Paranaíta. Mas a preocupação é que isto não seja suficiente. O cidadão não está compreendendo o momento que estamos vivendo”, disse Andreia.

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