José Vieira do nascimento
Editor Mato Grosso do Norte
Durante a sessão da Câmara Municipal de Alta Floresta desta terça-feira, vereadores de oposição e a bancada de sustentação da administração municipal, divergiram sobre a situação da saúde no município.
Os vereadores de oposição criticaram a situação em que, segundo eles, se encontra diversas Unidades de Saúde na zona rural. Os parlamentares Dida Pires (Cidadania), Elisa Gomes (PDT) e Mequiel Zacarias (PT) formaram uma comissão e estão vistoriando as postos de saúde das comunidades e na cidade.
Dida Pires e Elisa Gomes foram incisivos nas críticas. Afirmaram que, as unidades de saúde estão extremamente precárias, faltando medicamentos básicos e sem condições de atender a população.
Dida Pires chegou a dizer que em algumas Unidades de Saúde, como no Ramal do Mogno, os médicos que vão fazer atendimento correm riscos, devido às condições de abandono em que estes locais se encontram. Segundo o vereador, não há medicamentos básicos, como remédio para dores, analgésicos e para fazer um curativo, como sempre existiu em todas as administrações. “Já teve 5 secretários de saúde nesta administração. E este de agora alegou que há uma Portaria do governo Federal que proíbe medicamentos básicos nas Unidades de Saúde na zona rural. Pedimos para ele apresentar esta Portaria, mas ele nunca mostrou", disse.
Dida afirmou que a comissão já vistoriou diversos postos de saúde da zona rural e todos estão sucateados. No Ramal do Mogno, segundo ele, a situação é grave e o posto de saúde tem cheiro de morcego. "Fomos em várias e vamos em todas as comunidades. Na Pista do Cabeça, Jacaminho, Rio Verde, Santa Lúcia na 4º Leste. Onde já fomos a situação é de completo abandono", criticou.
Na cidade, conforme o vereador, também existem inúmeros problemas. No Jardim Universitário, conforme o parlamentar, está chovendo dentro da Unidade de saúde e se não for arrumado, as infiltrações vão comprometer o prédio. Também há problemas na instalação elétrica que impossibilida o funcionamento do consultório odontológico. O mesmo acontece no Boa Nova, onde o consultório odontológico não funciona devido as instalações elétricas.
Diante da situação, o vereador afirma que a comissão irá produzir um relatório, apresentar ao Ministério Público e cobrar providências, para que a prefeitura faça os investimentos necessários nas Unidades Básicas para que a população possa ser atendida.
“Conversar e cobrar não adianta mais. Vamos levar o caso para o Ministério Público para que esta situação possa ser resolvida”, afirma o vereador Dida Pires.
O outro lado - O presidente da Câmara Municipal, vereador Emerson Machado (MDB) saiu em defesa do prefeito Asiel Bezerra. Segundo ele, na administração que antecedeu o prefeito, as Unidades Básicas de Saúde estavam sucateadas, mas os vereadores que agora criticam, não falavam nada.
“Teve Posto de Saúde que até caiu e vereador nunca falou nada. Estão falando agora da zona rural, porque na cidade não tem o que falar, porque a saúde do município nunca esteve tão bem como agora. O prefeito Asiel está construindo Unidades de Saúde de qualidade, mas oposição só sabe criticar e não faz nada para ajudar”, protestou o presidente.
Conforme ele, a partir de agora, a administração irá investir na recuperação das Unidades de Saúde na zona rural.
“A oposição está fazendo o papel dela, que é falar mal. Mas deveria fazer como alguns vereadores da base que estão correndo atrás de recursos para ajudar o município. É a campanha eleitoral que já começou”, enfatiza Emerson.