A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição progressiva que compromete a saúde respiratória e afeta milhões de brasileiros. No Brasil, entre 2017 e 2022, mais de 196 milhões de dias de trabalho foram perdidos devido à doença, segundo um estudo da Firjan, com apoio da Boehringer Ingelheim.
Além do impacto na produtividade, a DPOC está associada a uma taxa alarmante de 17,77 óbitos por 100 mil habitantes, reforçando a urgência de medidas preventivas e tratamentos eficazes.
Por ser uma condição progressiva e séria que limita a saída de ar nos pulmões, ela impacta significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Os sintomas incluem tosse crônica, expectoração e falta de ar, que muitas vezes impedem a realização de atividades básicas do dia a dia.
Atividades simples como subir escadas, fazer pequenas caminhadas e até se alimentar podem causar extremo cansaço para os pacientes. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para reduzir as taxas de exacerbação (crises respiratórias em que os outros sintomas pioram subitamente).
“A DPOC é uma doença que impacta significativamente a qualidade de vida dos pacientes, afastando-os da vida social e profissional. Esse levantamento é importante porque mostra a realidade das consequências e dos encargos socioeconômicos da doença, não apenas para aqueles que convivem com ela, mas, também, para o sistema de saúde como um todo”, afirma o Dr. Marcelo Fouad Rabahi, pneumologista e um dos autores do estudo.
Para conscientizar sobre a enfermidade e ajudar no controle da doença, confira dicas práticas que pacientes com doenças respiratórias crônicas, como a DPOC, podem seguir para reduzir a frequência dessas crises
Pratique atividades físicas: Exercícios regulares, sob orientação médica, fortalecem o sistema respiratório.
Vacine-se regularmente: A vacinação contra gripe, pneumonia e o vírus Sincicial respiratório é essencial para evitar complicações.
Pare de fumar: O tabagismo é o principal fator de risco da DPOC e deve ser combatido. Nunca é tarde para parar de fumar, e a qualquer momento a cessação do tabagismo faz diferença.
Adote uma dieta equilibrada: Siga a dieta recomendada por seu médico ou nutricionista. Manter uma alimentação saudável ajuda na dinâmica da respiração.
Planeje-se para possíveis crises: Discuta com seu médico um plano de ação para lidar com a piora dos sintomas.
Procure ajuda: Em caso de piora, procure um serviço de saúde imediatamente.