Assessoria
Conab
Mesmo com as dificuldades encontradas para a exportação de frutas, os produtores brasileiros têm aumentado a participação no mercado externo. O volume de produtos embarcados para outros países cresceu em 21,39% nos primeiros quatro meses deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2020, como mostra o 5º Boletim Prohort divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em valor, o aumento gerado pelas vendas é um pouco maior e chega a 23,22%. No geral, a Europa é o principal destino das frutas brasileiras, sendo que os três maiores consumidores são Países Baixos, Reino Unido e Espanha. Já entre os produtos, destaque para a maçã que apresenta um crescimento superior a 100% nas vendas. Nos últimos dois anos, os embarques da fruta acumulados entre janeiro e abril ficavam abaixo de 30 mil toneladas. Neste ano, já foram exportadas cerca de 60 mil toneladas do produto, que tem como principais destinos Índia, Bangladesh e Rússia.
Se por um lado as maçãs têm ficado mais em conta no atacado, a melancia apresentou aumento de preços no último mês nos mercados pesquisados pela Companhia. A alta ocorre mesmo com a redução no consumo, devido ao clima frio, e é explicada pela menor oferta do produto no mercado. A tendência mostrada no início deste mês é de estabilidade nas cotações.
Já no mercado internacional, o país também registra elevação nas vendas da melancia. O quantitativo para as exportações no primeiro quadrimestre de 2021 foi de 28,35 mil toneladas, índice 24,61% maior em relação ao acumulado do mesmo período de 2020. A valorização do dólar, a boa qualidade das frutas, a menor produção da melancia espanhola e a demanda interna fraca são fatores que influenciam neste resultado.
Mercado de flores- Neste mês, o Boletim Prohort traz também uma análise da comercialização de flores e plantas ornamentais em meio às ações de combate à COVID-19. Apenas nos primeiros três meses de 2021, foram exportadas 270 toneladas de plantas vivas e produtos de floricultura, o que representou 2,3 milhões de dólares. O quantitativo embarcado foi 92% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 141 toneladas. Já em comparação com o mesmo trimestre de 2019, quando foram escoadas 155 toneladas de produtos, o acréscimo foi de 75%.