Fabio Bonadeu/ Diretoria de Comunicação
Realizado na sexta-feira, 9 de maio, o 1º Dia de Campo do Café de Alta Floresta atraiu público de toda a região. As atividades foram realizadas no Jardim Clonal, próximo ao prédio do antigo Colégio Agrícola, localizado na MT-325, nas imediações da Comunidade Ouro Verde. O evento foi uma realização da Administração Municipal, por meio da Secretaria de Agricultura e Pecuária, com apoio de parceiros.
Para o produtor rural Osvaldo Rossi, que trabalha com o cultivo de café desde a década de 1980, o Dia de Campo demonstra a importância da aplicação de tecnologia. “Nossa região triplicou a produção de café. Faz tempo que não vemos um café desta qualidade, como o do Jardim Clonal. Hoje, você vê um café de qualidade produzindo bem, com apenas dois anos de plantio”, afirma Rossi.
Ainda segundo o produtor, nos primórdios da colonização de Alta Floresta, isso era inimaginável. “Antes, esperávamos pelo menos quatro anos para começar a produzir”, lembra. Por meio do trabalho da Secretaria de Agricultura e Pecuária, o Município está resgatando essa tradição. Contudo, adaptou-se aos novos tempos, utilizando tecnologia de ponta para proporcionar uma produção digna ao homem do campo.
Para o produtor rural de Paranaíta, Gilmar Quintino Ferreira, que reside no Assentamento São Pedro, o Dia de Campo do Café é um espaço de aprendizado. “Muito bom pra gente aprender. Na minha propriedade mesmo, o café é um complemento de renda. Eu sempre gostei dessa atividade”, disse.
O engenheiro agrônomo, doutor em Fitotecnia, palestrante e pesquisador da Embrapa Rondônia, Marcelo Curitiba Espíndola, destacou a importância do evento. “É uma oportunidade de observar diferentes clones produtivos, permitindo uma melhor análise sobre qual utilizar. Esta unidade demonstrativa é muito bem cuidada e manejada, o que contribui para o sucesso do Dia de Campo”, disse.
No Jardim Clonal, atualmente são produzidas 100 mil mudas por ano, com expectativa de alcançar 300 mil em breve
O secretário de Agricultura e Pecuária, Marcelo Fernando Pereira Souza, comemora os resultados do evento. “Nosso primeiro Dia de Campo foi um sucesso e superou nossas expectativas”, celebrou o secretário. Ainda segundo ele, não basta apenas incentivar a atividade — é preciso estratégia. “Estamos produzindo mudas de café com qualidade, utilizando manejo adequado e aplicando tecnologia. E o principal: oferecendo assistência técnica continuada e de qualidade”, afirma.
Souza ressalta que, em Alta Floresta, o fomento à agricultura familiar é política pública. “Não fazemos por fazer. Trabalhamos com planejamento, e os resultados estão aparecendo”, afirma. Essa fala do secretário é confirmada pelos números: saltamos de seis produtores para 90 propriedades. No Jardim Clonal, atualmente são produzidas 100 mil mudas por ano, com expectativa de alcançar 300 mil em breve. A área de cultivo confirma esse crescimento: com média anual de 30 hectares, a previsão é de totalizar 100 hectares cultivados em 2025.
Diante dos números e resultados, o prefeito Chico Gamba comemora e faz um resgate histórico. “O café faz parte da nossa história. Por um período, essa atividade ficou esquecida, mas agora, além de resgatarmos nossa tradição, estamos investindo em tecnologia. É a tradição do campo aliada às tendências de mercado, gerando renda e dignidade ao homem do campo. E nosso trabalho não para — vamos continuar investindo”, concluiu o prefeito.
Havia uma expectativa de 100 a 150 participantes, porém, o evento atraiu 200 pessoas, entre autoridades, produtores, estudantes, empresários e instituições parceiras do agronegócio. Durante o evento foram distribuídos brindes que foram doados pelo Sicoob Norte, Sicredi e Agromotor. A organização do evento também agradece o apoio da Embrapa Rondônia, Frigorífico JBS, Cooperativa Mista Ouro Verde (COMOV) e Associação Sol Nascente. Prestigiaram o evento vereadores e autoridades de Alta Floresta e região.