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Agronegócio Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2024, 17:43 - A | A

12 de Fevereiro de 2024, 17h:43 - A | A

Agronegócio / Mudanças climáticas

Escassez de chuvas provocaram incidência de lagartas em pastagens de Alta Floresta

Produtor diz que insetos surgem na pastagem e em poucas horas são capazes de devorar tudo, tamanha é seu potencial de voracidade



José Vieira/ Mato Grosso do Norte  

A escassez de chuvas que tem acometido Mato Grosso e o Brasil nos últimos meses, em função das mudanças climáticas, não se limite apenas aridez do solo inapropriada para a semente germinar e fazer a pastagem crescer. Este é apenas um dos cenários enfrentado por produtores, pecuaristas e agricultores Familiares.   

O clima seco também propicia a proliferação de diversas pragas que podem causar prejuízos e transtornos para o homem do campo. O produtor José Wilson, morador da comunidade Santa Mônica, e também outros proprietários da região, tiveram que combater um inseto que surgiu por volta do mês de setembro de 2023, nas pastagens. De acordo com o produtor, de repente, sua área de pasto [assim como de seus vizinhos] foi invadido por uma lagarta, que comia tudo em poucas horas, tamanha sua voracidade.

E explica que este fenômeno [do surgimento das lagartas] todos os anos acontece. Porém, as chuvas jogam os insetos para o chão e elas são consumidas pelas formigas e outros predadores. Mas quando não tem chuva, somente a aplicação de veneno é capa de combatê-las. Ele as descreve que as lagartas são de cores diferentes, sendo coloridas, verdes e pretas, mas todas são altamente vorazes, com grande potencial de destruição.

“Elas surgem de uma hora para outra. Nos anos anteriores, apareciam sobre o capim, mas vinha uma chuva entre 60 e 70 milímetros, as jogavam no chão e são comidas pelas formigas. Se tiver chovendo bastante, a própria chuva acaba com elas. Mas se não tiver chuvas em 24 horas, elas comem todo o capim e tudo o que são folhas verdes na propriedade”, explica.

Zé Wilson diz que o produtor percebe quando elas chegam ao notar que os pássaros como anus preto, branco e as garças começam a se alvoraçar com voos rasantes sobre o capinzal para comê-las. Este ano, o único meio de combatê-las foi passar veneno devido à escassez de chuvas. No entanto, conforme ele, muitos produtores não tem pulverizador e ficam sem condições de fazer o controle da praga. E acabam ficando sem pasto para alimentar o rebanho bovino.

“Eu tenho trator e pulverizador e consegui combatê-las, mas muitos dos meus vizinhos que não tem, ficaram sem pasto. E o problema também é que elas são muito rápidas e em áreas grandes não se consegue passar veneno em tudo em tempo hábil”, enfatiza.

Conforme Zé Wilson, o pasto renasce num prazo de 15 dias, principalmente quando chove. Porém, se o pecuarista não matou as lagartas com veneno, para quebrar seu ciclo de vida, ela surge novamente e volta a comer o capim.    

foto/ MT Norte

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