José Vieira do Nascimento
O Senado aprovou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do teto dos gastos públicos para os próximos 20 anos. E conforme alardeia o presidente Michel Temer, esta medida resolve todos os problemas do país.
De acordo com pesquisa do Data Folha, 60 por cento da população brasileira é contra a PEC e considera que ela suprime os direitos das classes mais pobres, com o limite de investimentos nos setores básicos de atendimento à população.
Considerando a bandalheira que se transformou o país, qualquer medida proposta por um governo sem legitimidade, enfraquecido por denúncias de corrupção, e votado por um congresso e um senado sem moral, atingidos pelo comportamento delituoso de deputados e senadores, terá força para vigorar. Quanto mais por 20 anos. É muito tempo!
Assim como o decrépito Temer apresentou esta medida, qualquer outro presidente que for eleito na próxima eleição presidencial, poderá encaminhar outra proposta e cancelar o que foi aprovado agora.
Este governo está rejeitado pela sociedade. Fragilizado, claudicante. O congresso Nacional e o Senado, ocupados por políticos que perderam a dignidade. Estão todos na vala comum, vistos pela sociedade como ladrões, corruptos, propineiros, sem nenhum pudor.
Por isso, nada do que for aprovado agora, irá prevalecer.
O governo não precisa impor limite em seus gastos. O que é necessário é seriedade nos investimentos. Estancar a sangria dos desvio do dinheiro público.
Estamos vivendo um período de exceção. Os poderes perderam o respeito do cidadão. A sociedade não se sente representada pelos poderes. O comportamento de determinados ministros nos fizeram perder até mesmo a confiança no Supremo. Lamentável!
O que você sente quando vê Renan Calheiros, Michel Temer, Rodrigo Maia e o Gilmar Mendes na tela de sua televisão? Se for nojo, é a mesma sensação compartilhada por milhões de brasileiros.
O povo quer novas eleições presidenciais, quer Temer fora do governo e essa trupe, de humor negro, na cadeia.
José Vieira do Nascimento é editor e diretor responsável de Mato Grosso do Norte - E-mail: [email protected]
