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Artigo Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2019, 00:00 - A | A

06 de Dezembro de 2019, 00h:00 - A | A

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Ainda o Curso de Medicina de Alta Floresta



José Antonio Tobias 

Prezada (o) Leitora (or), talvez V. Sa. esteja se perguntando:
“O que aconteceu com o Curso de Medicina de Alta Floresta? Há tanto tempo, há meses, não sabemos de nada! Será que o Prof. Tobias e a Comissão da Medicina, oficialmente escolhida, nomeada e até hoje vigente, desanimaram e silenciaram?”
Não, prezada (o) Leitora (or), nem a Comissão da Medicina e nem eu desanimamos. Prosseguimos lutando sem parar, dia a dia, noite a noite. É uma luta cansativa, silenciosa, longa de anos, travada pela Comissão da Medicina e por todo mundo incluindo eu, em prol da criação do Curso de medicina de Alta Floresta.
Hoje essa luta se concentra toda numa só coisa, num só motivo que é o seguinte:
“Existe uma lei, maléfica, vinda do tempo do Lula, que é a Portaria Normativa n.° 18, de 7 de dezembro de 2017, confirmada pelo Edital n.° 2, de 7 de dezembro de 2017; ela exige da Faculdade ou Universidade que quer solicitar Curso de Medicina que seu município-sede tenha no mínimo 65.000 habitantes”. Esta exigência de 65.000 habitantes é que nos impede e vai continuar impedindo, não sei até quando, de poder solicitar nosso Curso de Medicina e de fazer qualquer coisa em prol dele. Por isso, é que eu digo: “Nós temos tudo (e temos mesmo!) para poder pedir e ter o Curso de Medicina. Mas, não temos nada e não podemos fazer nada para tê-lo por causa dessa maléfica lei”.
Dos 141 municípios que constituem, hoje, o Estado de Mato Grosso, só 7 tem população superior a 65.000 habitantes. E Alta Floresta que, errada e injustamente, hoje, segundo o IBGE, tem 50.189 habitantes, na realidade está beirando os 80.000. E é de se notar que a calamidade, trazida pela exigência dos 65.000 habitantes, de modo muito maior e mais danoso, repete-se e eleva- se nos municípios dos nove Estados da Amazônia Legal onde, muitas vezes, a situação de saúde desses municípios é muito pior do que em Alta Floresta.
Então, qual é a saída (que eu saiba a única saída) para podermos lutar, com proveito, pela criação do Curso de Medicina de Alta Floresta? Como
V. Sa. pode ver, a única saída é esta: “Ou mudar, ou suprimir a Portaria Normativa n.° 18 e o Edital n.° 2” Ora, isso só pode ser feito através da Ministro

da Educação, Dr. Abraham Weintraub. Mas, lidar com o Sr. Ministro da Educação, para nós que não temos o privilégio do contato direto com ele, só nos é possível através de políticos.

Daí a importância e a necessidade urgente de termos de apelar para nossos políticos, tanto de nosso município como há anos aqui vem acontecendo com a Vereadora Elisa Gomes quanto do Estado de Mato Grosso, do Congresso Nacional e do Senado, de modo particular, dentre outros, apelar para o Senador Wellington Fagundes, para o Deputado Federal José Medeiros e para o Deputado Nelson Barbudo e toda a Bancada de Mato Grosso com a finalidade de solicitar de todos e de cada um deles que não só lutem pela supressão dos
65.000 habitantes mas que levem o mesmo pedido ao Senhor Ministro da Educação.
Prezada (o) Leitora (or), se de alguma maneira, V. Sa. tem relacionamento ou amizade com algum ou mais de um político, com um senador ou deputado da Bancada de Mato Grosso, ou talvez mesmo até com o Senhor Ministro da Educação, por favor, interceda junto deles em benefício da criação do sonhado Curso de Medicina de Alta Floresta. Muito obrigado, em nome do nosso povo!
Estou lhe falando, prezada (o) Leitora (or), mas também eu estou cumprindo meu dever de casa. Esta semana passada, tomei boa parte dela, de dia e de noite, redigindo e enviando ofícios sobre os 65.000 habitantes ao Senador Wellington Fagundes, ao Deputado José Medeiros, ao Deputado Nelson Barbudo e ao Senhor Ministro da Educação; isso além desse artigo com o qual estou tendo a honra e a felicidade de falar com a (o) Sra. (o).
Para terminar, um pensamento: “Se já funcionasse o Curso de Medicina de Alta Floresta e de outras cidade da Amazônia Legal, impedidos de existir por efeito dos 65.000 habitantes, imagine, prezada (o) Leitora (or), quantas mortes já teriam sido evitadas em Alta Floresta, no Nortão e nos nove Estados da Amazônia Legal!...”

Prof. Dr. José Antonio Tobias Diretor aculdades de Alta Floresta

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