Alguém aqui é a favor da corrupção? Se todos são contra, por que ela ainda existe?
Como diz Leandro Karnal, “A corrupção é histórica e estrutural, não é do governo”. Ela pertence a uma sociedade que tem grande dificuldade em pôr em prática a cultura moral. É um conceito-chave presente em todo o histórico da formação social, cultural e política do Brasil. Envolve desde estacionar em vaga preferencial, obter capital intelectual alheio de forma indevida em momentos de avaliações individuais, ou seja, na cola, até a apropriação indevida de recursos públicos.
Mas quais os males que ela causa? Resulta na precariedade dos serviços básicos, tais como saúde, educação e transporte. Contribui para um retrocesso social, econômico, político e cultural, atrasando o desenvolvimento do país. Ela gera ineficiência no serviço público, acarretando na desconfiança da população para com o governo, e faz com que os cidadãos percam a esperança de melhorias sociais.
Se ela traz tantos males, como eliminar a corrupção?
Não temos a saída, nem mesmo a resposta para erradicar a corrupção, pois não é tão simples, dado o fato de ter origem na formação humana, no caráter, que deveriam ser pautados em condutas éticas e morais. Isso torna complexa a sua extinção, todavia, podemos elencar pontos que possam contribuir para a minimização desse mal, que sangra os cofres públicos e produz um caos social sem precedentes.
Nós, brasileiros, temos o hábito de querer tirar vantagem de tudo, muitas vezes, sem percebermos que tal ato não é ético. E pequenos atos podem gerar grandes consequências, uma vez que levam em conta a individualidade, sem a consideração com o coletivo.
Portanto, se quisermos viver em uma nação com um menor nível de corrupção, devemos repensar nossas atitudes e, em vez de olhar sempre para os atos das outras pessoas, temos a obrigação de refletir as próprias ações. Como diz Manhatma Gandhi: “Seja você a mudança que você quer ver no mundo”.
Um fator que pode contribuir para o combate da corrupção é estimular a participação do brasileiro na política, desde a educação básica, pois, se as pessoas não se conscientizarem do problema abrangente do seu país, ficará mais complicado de combatê-lo.
Portanto, podemos concluir que o principal eixo para extinguir a corrupção é a educação.
Vitor Polachini de Luca, aluno do 3º ano A – TECADM do Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT, campus Alta Floresta.