Rosana Leite
A costura é, sem dúvida, uma das profissões mais antigas da história. Estima-se que surgiu há mais de 30 (trinta) mil anos. No início era dominada por homens. Todavia, foi através das mulheres que ficou mais conhecida.
A costura é um trabalho artesanal e artístico. As mulheres muito se adaptaram ao labor. Muitas vezes, pela facilidade em se ter uma máquina de costura em casa, podendo desenvolver os trabalhos domésticos, e, após, se dedicar à alfaiataria. A profissão foi e é grande dedicação do gênero feminino. Com linhas, agulhas e tesouras, elas fazem história. Lá nos primórdios, nem de máquinas precisavam. Agulhas eram feitas de marfim.
Emendar e remendar tecidos envolve carinho, dedicação e respeito pelas peças e por pessoas. A arte trouxe a independência financeira para inúmeras mulheres. Não raro, é possível encontrar algumas a apontar a máquina de costura e dizer que aquele objeto foi responsável pela “criação” de muitos filhos e filhas.
O setor da moda nunca saiu de moda! Sempre existe algo a se descobrir e redescobrir. Mãos habilidosas fazem as vezes. Algumas se especializam apenas em customizar, transformando conceitos. Elas são criativas, são artistas!
O mercado de trabalho para as autônomas ou industriais, existe em grande escala. Na atualidade há muita reclamação quanto à falta de mão de obra qualificada, ou melhor, de costureiras “raiz”.
Segundo a Associação Brasileira de Vestuário, a Abravest, com o trabalho das costureiras são movimentados em média 4,5 bilhões por ano. A grande preocupação, como em outras profissões, é quanto à poluição causada com a costura industrial, ao lançar quantidade de produtos químicos perigosos nos rios e lagos. Contudo, a artesanal, ou seja, aquela praticada de maneira autônoma, só trouxe benefícios para aqueles e aquelas que dela se valeram.