No Brasil e em Alta Floreste e grande parte dos municípios da região não é diferente, no último ano de mandato, as prefeituras começam a fazer obras. É um esquema premeditado para obter vantagens eleitoreiras para o prefeito que está no poder ou para seu grupo político.
As eleições vão se aproximando e as obras que foram prometidas há anos, começam a serem lançadas. O objetivo não é o bem coletivo, mas angariar votos para a permanência no poder. Há estudos que comprovam que em anos eleitorais, os investimentos públicos das prefeituras triplicam.
Existe uma regra política que se coaduna entre prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais, senadores e até governos estaduais e federal, para segurarem as obras e somente executá-las em anos eleitorais mesmo que haja disponibilidade de dinheiro. Um jogo de combinação para chamar a atenção do eleitor e garantir votos.
O esquema funciona assim: o vereador ou o prefeito começa a prometer as obras na cidade nos anos anteriores à eleição. Usa sua falácia para fingir para os moradores de determinadas ruas e bairros que está se esforçando para o recurso ser liberado. No caso do vereador, geralmente está em combinação com o prefeito e com os políticos das esferas superiores. Às vezes o dinheiro é liberado e passa meses na conta da prefeitura, mas continuam mentindo para o povo, que o recurso ainda não chegou ao município. E quando se aproximam as eleições, anunciam a liberação do dinheiro e levam as máquinas para iniciar os serviços. Essas são as obras eleitoreiras, corriqueira na política nacional.
Muitos prefeitos e vereadores só trabalham em ano eleitoral e muitas vezes, o eleitor menos avisado acaba deixando se iludir por esta política nociva, que visa apenas interesses pessoais e eleitoreiro. Muitas vezes, obras que estão propositadamente paralisadas há anos, são retomadas no ano eleitoral. Tudo isto para causar uma falsa impressão, que estes políticos são atuantes e que as ações estão acontecendo. E logo depois das eleições, os serviços param novamente.
Sem contar que estas falsas realizações, geralmente são obras executadas a toque de caixa, mal elaboradas e feitas apenas para ludibriar a opinião do eleitor, e resultam em prejuízos para a sociedade. Muitas delas, geralmente ficam incompletas e depois das eleições, quando já se atingiu o objetivo, que é o voto, ficam esquecidas durante anos.
O eleitor deve se conscientizar que não tem obrigação de votar em determinados candidatos, que usam estes argumentos da velha e retrógada política, para angariar vantagens eleitorais. O voto é a arma do cidadão para que as mudanças aconteçam. Escolher seu candidato com consciência é a forma adequada para a construção de uma cidade que oferte para sua população qualidade de vida e crescimento, com a aplicação séria dos recursos públicos.
O voto consciente na escolha de seus representantes, evita o arrependimento e contribui para as transformações que a sociedade almeja. Portanto, fique atento para os canteiros de obras em que as ruas das cidades se transformam em vésperas de eleições, para não se arrepender depois. Essas obras não são motivos para você definir o seu voto em candidatos, geralmente alinhados às administrações municipais. Anunciar ou executar obras próximo das novas eleições é um truque antigo. Cabe a você não ser enganado e cair nele!