José Vieira/ Mato Grosso do Norte
O senador Jayme Campos (União) que visitou a Feira Livre de Alta Floresta na manhã de domingo, 27, e participou da Festa do Agricultor em Carlinda, reafirmou sua disposição em disputar o governo estadual e foi tratado por lideranças políticas presentes no evento em Carlinda, como futuro governador de Mato Grosso.
Em entrevista ao jornal Mato Grosso do Norte, ele disse que está construindo sua candidatura, com alicerce, de baixo para cima, conversando com prefeitos e vereadores e, sobretudo, ouvindo o povo. “Eu não faço política de cúpula. Reúne três, quatro caras numa sala e vai definir o futuro de Mato Grosso. Não! Mato Grosso não é uma S/A para escolher o gerente”, observa Jayme.
Dentro do União Brasil, Jayme disse que o governador Mauro Mendes já externou seu apoio ao vice-governador Pivetta (Republicanos). Mas que deixou claro que ele tem compromisso com o Pivetta, mas o partido não tem.
Isto é um direito dele. Entretanto, sou do União Brasil e vou discutir meu projeto dentro da minha agremiação partidária. Me sinto preparado para fazer uma grande aliança partidária. E vamos conversar, porque a convenção encerra no dia 6 de agosto de 2026 e tem muita água para rolar”, disse.
Disputei seis eleições e venci as seis. O Mauro disputou 5 e perdeu duas. O Pivetta disputou 5 e perdeu duas. Eu passei a régua nas 6
O senador, no entanto, avalia que a decisão deve passar pelos 61 prefeitos, 322 vereadores, 40 vice-prefeitos, 4 deputados estaduais, dois federais e um senador do União Brasil em Mato Grosso. “Eu imagino que esse povo deve ser ouvido. Fazer política goela abaixo não é o caminho ideal”, aponta Jayme.
Na avalição de Jayme, o vice-governador pode até exigir o apoio do governador, mas isto não interfere em seu projeto. “É um direito do Pivetta, mas ele é Republicanos e não tem nada a ver com o União Brasil. É o governador que vai apoiar, não o União Brasil”, reitera.
Jayme assegura que até libera o governador Mauro Mendes para apoiar o Pivetta. “Ele não precisa deixar o Partido. Vou liberá-lo. Ele pode ficar no União e apoiar o Pivetta. Não tem regra sobre isto. Mas eu estou na estrada, e lá na frente vamos ver. Quem tiver a boca maior, come o outro. E essa é a regra”, satiriza. “Eu sou vencedor. Disputei seis eleições e venci as seis. O Mauro disputou 5 e perdeu duas. O Pivetta disputou 5 e perdeu duas. Eu passei a régua nas seis”, acrescenta.
Pelo menos por enquanto, Jayme Campos disse que não pensa em deixar o União Brasil. No entanto, diz que espera que haja diálogo e assegura que irá manter as conversações com o Governador Mauro Mendes e com Otaviano Pivetta.
“Nunca troquei de mulher, nunca troquei de telefone, nunca troquei de partido e nunca troquei de casa. Tudo isto tem um peso porque sou fundador do União Brasil e a nível nacional sou extremamente prestigiado. Participo de seis comissões em Brasília, inclusive presidente da Comissão de ética do Senado”, valoriza.
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