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Atualidades Sexta-feira, 04 de Dezembro de 2015, 00:00 - A | A

04 de Dezembro de 2015, 00h:00 - A | A

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Alta Floresta sediou com sucesso festival de teatro da Amazônia

Assessoria de comunicação



 

            Depois de uma maratona de espetáculos, tertúlias, palestras e debates encerraram-se o 6º Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense e Seminário de Encontros Possíveis. Durante seis dias Alta Floresta foi palco das discussões mais atuais e evidentes referentes ao fazer teatral e todos os elementos incidem sobre essa produção. O evento que começou no dia 27 de novembro, teve seu encerramento neste dia dois de dezembro com a inquietante peça “Donzela Guerreira” da Cia de Teatro ‘Mundu Rodá’ de Campinas, São Paulo.

 

            É importante destacar que o Festival não é um ponto isolado de discussão teatral alheio a sua realidade. O Festival já está em sua sexta edição, dentro de uma história de 27 anos do Teatro Experimental de Alta Floresta (TEAF). Logo, representa a consolidação de debates e vivências culturais e teatrais que são referências na realidade municipal, estadual e nacional e seguem, naturalmente, a própria história do município. O fazer teatral, nesse sentido, reflete a cultura do espaço de vivência do TEAF e sua colaboração com a construção da identidade cultural do município.

            Está 6ª Edição do Festival, além da colaboração com a construção cultural, também trouxe a essência da discussão sobre e internacionalização do teatro, na qual reside o desafio para que os grupos levem suas produções para além das fronteiras geográficas onde residem. Colaboram com essa discussão Marcelo Bones e Eugenio Barba do Odin Treatet da Dinamarca, referências nacional e internacional.

 O evento também contou com a presença de Julia Varley (Odin Teatret), do Professor. Dr. Cesário Alencar (PA) e da Professora .Drª Maria Thereza de Azevedo da UFMT. Quanto aos espetáculos, o município recebeu a peça Olympia - Grupo Teatro Andante – Belo Horizonte, Tropeço - Cia Tato – Curitiba/PR, Oramortem - in-Próprio Coletivo – Cuiabá/MT, Boé - Teatro Faces – Primavera do Leste/MT, Donzela Guerreira  - Cia. Mundu Rodá – Campinas/SP e Carriola - Grupo Celeiro das Antas – Brasília/DF.

            Alguns participantes do Festival e do Seminário também tiveram a oportunidade de estar em uma oficina sobre a técnica do Kalarippayatu com o mestre Sankar Lal Sivasankaram Nair do Studio Kalari – Polônia/Índia e Alessandro Curti do TeatrZar também da Polônia. A técnica consiste no conhecimento do próprio corpo, e provavelmente, foi aplicada pela primeira vez no Brasil.

O mestre Sankar e Alessandro demonstraram satisfação em estar no Brasil e ficaram satisfeitos com a turma. Afirmaram que os participantes conseguiram compreender a proposta do Kalarippayatu, que deve ajudá-los nas suas atividades teatrais.  Destacaram ainda que Alta Floresta é um lugar bastante receptivo e que se sentiram felizes em poder visitar a cidade, participar do Festival e conhecer um pouco da cultura daqui.

            A organização do evento, que nesta edição teve como coordenador o ator Ronaldo Adriano, mostrou-se extremamente satisfeita e destacou o fato de “tivemos casa cheia em todos os espetáculos e o pessoal participou mesmo”.

O coordenador agradeceu o público, destacando a importância do Festival não só para o TEAF, mas para o município, que vai fortalecendo sua presença no cenário do teatro em todo o Brasil. A fala de Ronaldo e complementada pelo presidente do TEAF, Gean Nunes de Araújo, que enfatizou: “a plateia deu show foi um espetáculo a mais, foi um espetáculo à parte.”

 Gean ainda destacou que “a cultura se faz com pessoas. Todas as trocas geram experiências. Todos que participaram do festival de alguma maneira viveram um momento impar e já passam a alimentar em nós a sétima edição, por que o festival é um evento que nos nutre nesse caminho que é a arte, o caminho da transformação. A arte teatral é a arte do encontro.”

            O público que participou do Festival e do Seminário também avaliou como muito positivo. Leandro Lopes assistiu algumas peças e falou sobre a importância das referências culturais apresentadas pelos grupos de outros estados. Ele destacou: “além de mostrar a realidade podemos ver o quanto é rico nosso país na questão cultural. Esse tipo de evento faz com que as pessoas tenham contato com as diferentes culturas, o que é muito importante”. Daniele Fernandes, que assistiu ao espetáculo Donzela Guerreira, acrescentou: “expressões culturais artísticas contribuem para você se tornar uma pessoa melhor, acredito nisso. Minha mãe sempre me ensinou assim. Eventos como esse fazem com que as pessoas desenvolvam o hábito de apreciar a arte.”

 

                        E para quem aprecia a arte do teatro ou tem curiosidade em saber mais sobre o assunto e quem sabe até ingressar nesse universo essencial e repleto de possibilidades, a oportunidade já está aí! Nesse fim de semana, nos dias 4, 5 e 6 de dezembro será realizada a oficina de teatro de rua, que aborda a preparação do ator com a perspectiva da atuação de rua, na qual Serão realizados jogos teatrais que resultarão em um cortejo cênico. A organização do evento destaca que não é preciso ser ator para participar.

 

A oficina tem 20 vagas e duração de 12 horas com certificado. As inscrições podem ser feitas na sede do TEAF ou através da página do TEAF no endereço: https://www.facebook.com/teatroexperimentaldealtafloresta/ . Não percam! Vá ao teatro!

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