O líder indígena de Mato Grosso e conhecido mundialmente pela luta em prol dos povos originários, o cacique Raoni Metuktire, de 92 anos, disse que "muitas coisas melhoraram" para os indígenas desde o início do terceiro mandato do presidente Lula (PT), mas ele ainda reitera o apelo por demarcações de terra.
“O que peço a Lula e a todos é colaboração contra a destruição da natureza. Precisamos de equilíbrio no ambiente e no clima, antes que a Terra pegue fogo”, disse o líder indígena. Raoni foi um dos oito brasileiros convidados por Lula para subirem a rampa do Planalto durante a cerimônia de posse, diante da ausência do antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
Já completando quase dois anos do início do terceiro mandato de Lula, seis dos oito convidados, entre eles Raoni, destacaram avanços e mudanças esperadas com a saída de Bolsonaro.
O cacique tem "batido de frente" com o presidente Lula devido à construção da Ferrogrão, ferrovia em que o traçado corta a Amazônia margeando áreas indígenas. Ele cobra do governo consulta aos envolvidos, o fim do marco temporal e cooperativo com ministros e governadores para "manter a floresta de pé".
Raoni diz que, na segunda quinzena de agosto, durante solenidade em Brasília (DF), chamou o presidente para ir à sua aldeia, na região do Xingu, e reforçou o chamado para um encontro com líderes indígenas. "Ele tem um bom diálogo com o nosso povo. Estamos esperando que ele venha. Lula, me escute."
Com informações de Folha de S.Paulo.