Rodrigo Maciel Meloni
Gcom-MT
Técnicos de 26 municípios de Mato Grosso participaram do encerramento do curso de capacitação continuada em Citricultura, realizado em Peixoto de Azevedo (670 km ao Norte de Cuiabá) entre os dias 20 e 22 de junho. Promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários de Mato Grosso (Seaf-MT), o curso fe-chou a programação com três palestras que abordaram as intervenções tecnológicas no meio rural. A ação é parte do programa estadual Pró-Limão, que visa dar sustenta-bilidade ao cultivo da citricultura no estado.
“Queremos fomentar e fortalecer a cadeia produtiva do limão como alternativa sus-tentável de geração de renda, e a Região Norte do estado tem o clima e o solo favorá-veis para o cultivo da citricultura”, destacou o titular da Seaf-MT, Suelme Fernades.
O técnico da Empresa de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer), Osmar Assis Alves, abriu o 3º dia de estudos com a palestra ‘Metodologia para acom-panhamento e avaliação de intervenções tecnológicas em Unidades de Referência Tecnológica (URT)’.
Segundo ele, a URT e o plantio em formatos específicos surgem como uma alternativa para os pequenos produtores rurais.
Capacitação- Os cursos buscam capacitar de forma contínua os profissionais, que por sua vez multiplicam o conhecimento levando-o até os produtores do estado. Estas ações beneficiam extensionistas da Empaer, de prefeituras, cooperativas, associações, organizações não governamentais, Senar e até consultores da inciativa provada.
Pró-Limão- No ano passado o governo estadual entregou 12 mil mudas de limão tahiti, melhoradas geneticamente, para 25 produtores rurais da região Norte do estado, nos municípios de Peixoto de Azevedo e Matupá, com a expectativa de produzir mais de 360 toneladas do fruto a partir de 2018. Cada produtor plantou 480 mudas em uma área de um hectare.
A muda de limão melhorada geneticamente é resistente à seca e doenças de solo, e o objetivo do Estado para os próximos anos é dobrar a área de plantio de 25 hectares para 50 hectares. Na região Norte, as condições climáticas e o solo fértil favorecem a cadeia produtiva da citricultura, pois o clima é quente e úmido, ideal para o cresci-mento da cultura e da qualidade visual do fruto, que apresenta uma coloração dife-renciada, mais esverdeada, com a casca lisa, considerada ideal para exportação.
A cultura cítrica é irrigada e pode produzir o ano todo. No segundo ano de cultivo, uma árvore produz em média 10 quilos de limão e, no terceiro ano considerado comercial, produz 30 quilos por árvore. Em um hectare de limão, pode ser produzido mais de 14 toneladas do fruto na época da safra.