José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte
Até neste sábado está previsto que sejam liberados mais 10 leitos de UTI- Unidade de Terapia Intensiva- no Hospital Santa Rita, para pacientes de covid-19. As informações são do secretário Municipal de Saúde de Alta Floresta, Lauriano Barella.
Segundo ele, todos os documentos necessários já foram encaminhados para a secretaria estadual de Saúde e estão na mesa do Secretário Gilberto Figueiredo para ser assinados e a portaria ser publicada liberando os leitos.
“Agora é só processo técnico, está tudo pronto só faltando a liberação. O prefeito Chico Gamba está em Cuiabá e irá na secretaria de Saúde falar com o secretário Gilberto Figueiredo para agilizar. Os leitos serão incorporados nos 10 já existentes no Hospital Santa Rita [único na cidade que tem este serviço para disponibilizar] e serão 20 leitos de UTI para pacientes com covid”, disse Lauriano.
Com relação ao Hospital Regional, não haverá nenhuma alteração, continuando os 14 leitos destinados à pacientes de covid-19, disponibilizados desde o começo da pandemia.
Apesar de não descartar esta possibilidade, o secretário de Saúde acredita que, com mais 10 UTIs, não haverá mais colapso na ocupação, como aconteceu recentemente, quando 100% dos leitos ficaram ocupados.
“Alta Floresta é um polo regional e para cá é regulado pacientes graves de muitos municípios da região. O colapso acontece devido a isto. Mas conseguimos regular os pacientes e agora a situação está mais tranquila. E acredito que não irá mais acontecer, principalmente com mais 10 leitos sendo liberados”, avalia Lauriano.
Estatística - Lauriano acentua que o quadro pandêmico em Alta Floresta continua aumentando. Conforme ele, há cerca de 10 a 15 mil pessoas infectadas pelo coronavírus no município, inclusive com casos de reinfecções.
Ele explica que os números oficiais estão subindo porque a secretaria de Saúde está testando mais. E para cada uma pessoa infectada que fez a testagem, há mais de 6 que contraíram a doença, mas não fizeram o teste.
“Tem pessoas que fizeram o teste em laboratório particular e que não entram nos dados oficiais”, disse.
Conforme o secretário, apesar de não ter estudos oficiais, os profissionais que estão a frente da pandemia percebem que esta nova variante do vírus é mais infecciosa [contamina mais pessoas].
Outra observação de Lauriano é que está havendo muitos casos de reinfecção. De acordo com ele, quando o paciente está recebendo os cuidados médicos, os profissionais de saúde detectam que ele já teve a contaminação anteriormente e houve um caso de reinfecção.
“Os sintomas da reinfecção são mais graves e o vírus e mais contagioso”, observa.