Reportagem
TJMT
A Justiça deu prazo de 10 dias para que Eletrobras, Copel e governo estadual se manifestem sobre o plano de desativação da Usina Hidrelétrica de Colíder. A decisão foi proferida pela juíza Érika Cristina Camilo Camin, da 2ª Vara de Colíder, na quinta-feira, 18.
Em nota, a Eletrobras informou que responderá dentro do prazo estabelecido pela Justiça e que, nesse período, a usina é monitorada 24 horas, segue estável e continua operando dentro de todos os padrões de segurança.
Responsável pela construção da Usina de Colíder entre 2011 e 2019, a Copel Geração e Transmissão transferiu a gestão para a Eletrobras, em maio deste ano.
Em relação ao pedido do Ministério Público sobre a elaboração de um plano de desativação da usina, a Eletrobras disse que adotou as medidas de segurança para o local, aos trabalhadores e ao meio ambiente. Por isso, não vê "os pressupostos para a concessão da cautelar requerida e segue à disposição das autoridades."
A situação tem gerado expectativa, pois a desativação de uma usina hidrelétrica envolve questões ambientais e operacionais delicadas. A pressão sobre os envolvidos deve crescer à medida que o prazo se aproxima.
O rebaixamento do reservatório comprometeu a atividade pesqueira, o turismo regional e o comércio local, segundo o MPMT, que citou um impacto no setor entre R$ 10 e R$ 12 milhões por ano.
O Ministério Público ainda pediu a revisão da licença ambiental pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). A promotora de Justiça Graziella Salina Ferrari reforçou que a perícia técnica apontou anomalias relevantes de segurança na barragem, impactos ambientais significativos e alterações no ecossistema.