Ilson Machado
Mato Grosso do Norte
Servidores do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) estão com suas atividades paralisadas desde segunda-feira 8, de abril.
Todas as unidades da instituição aderiram à greve promovida pelo Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Há mais de 40 dias que os professores e técnicos do campus de Alta Floresta estão parados e aguardando uma resposta sobre as propostas apresentadas pelos profissionais que exigem uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria.
De acordo com os profissionais, eles lutam defendo os três “Rs”, ou seja, Recomposição –Reestruturação e Revogação. Na prática o que a categoria cobra é a reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes, a revogação de todas as normas que prejudicam a Educação Federal aprovadas em governos anteriores, bem como a recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Durante a tarde de quarta-feira, 15, os profissionais foram para a avenida Ludovico da Riva Neto, onde fizeram uma manifestação para chamar a atenção da população alta-florestense sobre a luta que estão travando, objetivando melhor qualidade na educação.
Portando cartazes e distribuição de panfletos, com textos que destacam a importância das exigências feitas pela categoria para o aprimoramento da Educação.
foto/ Mato Grosso do Norte

Um trecho do panfleto diz: “Nossos salários foram corroídos pela inflação ao longo dos anos, portanto exigimos salários dignos, à altura da importância de nossa missão para toda a sociedade brasileira”.
Outro trecho enfatiza: “Nossos estudantes merecem Educação de qualidade e isso só é possível com um orçamento adequado, que garanta recursos para infraestrutura, pessoal e todas as demais necessidades das instituições de ensino.
O professor de Administração do IFMT/AF, Ricardo Braga Veronese, afirma que a luta é realmente por uma Educação digna e lembra que são mais de 550 Unidades Federais paradas em todo o Brasil, que estão em greve por que querem a melhor valorização tanto dos docentes, como dos técnicos.
“Nesta quarta-feira foi realizada uma reunião com os docentes em Brasília, mas a proposta oferecida foi bem próxima da que já fora feita no dia 19 de abril. Portanto, outras reuniões serão feitas nas quais vamos discutir essa nova proposta, enquanto isso a greve continua sem previsão de término”, pontuou o professor Ricardo.