A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Alta Floresta realizou uma nova atualização do Painel do Programa Alta Floresta Não Atropela. No sexto ciclo de monitoramento, foram contabilizadas 2.981 travessias de primatas pelas pontes de dossel instaladas no perímetro urbano do município.
Somente neste último período, 1.167 indivíduos foram registrados utilizando as estruturas, evidenciando a eficácia da iniciativa, cujo principal objetivo é garantir a travessia segura da fauna silvestre, especialmente dos primatas, em trechos considerados críticos.
Desde o início do monitoramento, a evolução dos dados é expressiva: no primeiro ciclo, foram registrados 541 indivíduos; no segundo, o número subiu para 747. Já na quarta etapa, houve o registro de 305 primatas, totalizando 1.814 travessias seguras no período entre novembro e fevereiro. Agora, o programa se aproxima da marca de 3 mil travessias registradas com sucesso.
A iniciativa tem como inspiração o Plecturocebus grovesi, conhecido como zogue-zogue-de-Alta Floresta, primata endêmico da região e criticamente em perigo. Além de proteger a espécie, o programa tem se tornado referência para outros municípios que enfrentam desafios semelhantes em relação à preservação da fauna silvestre em áreas urbanizadas.
O Alta Floresta Não Atropela é fruto da parceria entre a sociedade civil e o poder público. A bióloga Fernanda Abra, fundadora do Projeto Reconecta, é uma das principais responsáveis pela execução da iniciativa, ao lado da Prefeitura de Alta Floresta, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, além de diversos parceiros.
Entre os apoiadores e colaboradores do programa estão: Fundação Ecológica Cristalino (FEC), Fazenda Anacã, Green Yellow, 7ª Companhia Independente de Bombeiros Militar (7ª CIBM), Diretoria Regional da SEMA/MT, Unidade Técnica do IBAMA e ICMBio, Aeroporto de Alta Floresta/COA, UFMT – Campus Sinop, Instituto Ecótono, UNEMAT/AFL, Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMDEMA), Conselho Municipal de Segurança Pública de Alta Floresta (COMSEP) e Energisa.
Fonte:Fábio Bonadeu/ Diretoria de Comunicação