Reportagem
Mato Grosso do Norte
O governador Mauro Mendes estuda afastar 40% dos profissionais da Educação que estão em greve há mais de dois meses. O ato de afastamento pode ocorrer por meio de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ainda a ser avaliado pelo Executivo, pelo fato de a greve ter sido considerada ilegal pelo Poder Judiciário.
Após reunião com deputados estaduais da bancada governista, Mauro Mendes explicou os tópicos da proposta para o pagamento de revisão geral anual e reajuste de 7,69% cobrado pela categoria em greve. Segundo ele, esse pagamento seria feito a partir de 2020, conforme a melhora dos índices do Estado em gastos com pessoal, já que hoje Mato Grosso gasta 52% e o máximo permitido é de 49% da receita.
Mauro Mendes deixou a deputados de sua base que lançou a última proposta aos grevistas e que, se não retornarem às salas de aula, vai adotar os rigores da lei.
O governador, que já ordenou corte de ponto, o que deixou sem salário nos últimos dois meses aqueles profissionais que estão em greve, vai partir para demissão de efetivos por abandono de emprego, já que a greve foi considerada ilegal. E mandou fazer levantamento para também desligar dos quadros da Seduc os contratados que também estão de braços cruzados.
Mauro disse que a greve liderada pelo Sintep "é política" e influenciada por petistas. Um dos exemplos é o fato do suplente de deputado Henrique Lopes, filiado ao PT, falar pelo Sintep acerca da greve.
De acordo com a assessoria de imprensa do Sintep, a greve oficialmente continua, mas assim que a proposta do governador for protocolizada junto ao sindicato, será encaminhada para as bases, que deverá deliberar em assembleias locais. (Até ao fechamento desta edição, profissionais da Educação continuavam em greve)