Ilson Machado/ Reportagem MT do Norte
Agindo de forma preventiva o setor de Vigilância Ambiental em Alta Floresta tem intensificado suas ações no que tange as orientações à população quanto a necessidade de se atentar para evitar a proliferação da dengue, doença que é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e tem se alastrado de forma preocupante em todo o país.
Em 2024, já são 120.874 casos confirmados e 12 mortes. Situação extremamente alarmante ao ponto de o Ministério da Defesa colocar militares do exército à disposição do Ministério da Saúde, para ajudar nas medidas de combate à dengue.
Em Alta Floresta os números também acendem a luz vermelha, colocando a saúde pública municipal em alerta. Neste ano entre os dias que corresponde 01 a 26 de janeiro foram feitas 40 notificações sobre a doença, sendo que 15 casos atestaram positivos.
Edson Alves Rodrigues, Assessor de Saúde Pública e Vigilância Ambiental em Alta Floresta, em entrevista ao Jornal Mato Grosso do Norte, disse que no município foram distribuídos 30 servidores que estão nas ruas visitando os domicílios, efetivando um trabalho orientativo e preventivo, realizando por semana em média três mil visitas. Em ciclos bimestrais os moradores recebem a visita dos agentes.
Outro trabalho que também está sendo desenvolvido é o da borrifação, feito através de notificação. Ou seja, o paciente que tem sintomas da doença é orientado a procurar uma Unidade Básica de Saúde, que por sua vez faz a notificação do caso e repassa as informações para o setor epidemiológico, que imediatamente, desloca uma equipe de borrifação para fazer o bloqueio do surto, contendo a transmissão da doença nas áreas que porventura, venham ter pessoas com sintomas que possam ser de dengue.
Edson destaca uma informação muito importante, de acordo com ele, as equipes que estão em campo têm encontrado a maioria, praticamente 60% dos focos da doença em resíduos domiciliares, lixos residenciais de fácil remoção, tais como: garrafas, tampas de garrafas pet, sacolas plásticas, latas, resíduos que são coletados pelo setor de limpeza da prefeitura e descartados no lixão.
“Em grande parte das casas visitadas pelos agentes esses tipos de descartes são encontrados nos quintais servindo como criadouros do mosquito Aedes Aegypti. Outros locais onde foram encontradas larvas do mosquito, são bebedouros de animais, baldes, vasos de flores”, observa ele.
Edson lembra que é importante que as pessoas façam a limpeza de seus quintais ao menos uma vez por semana, com a renovação da água dos bebedouros de animais a cada três dias e por conseguinte a higienização dos recipientes.
“Outra observação válida é com relação a verificação das fossas onde a incidências de pernilongos é muito grande. Elas devem estar tampadas de forma correta e com os suspiros vedados com telas, olhar se as calhas não estão retendo água, verificar as caixas d’água. são medidas de prevenção simples, mas altamente eficazes e que qualquer pessoa pode estar fazendo para ajudar o setor de Vigilância Ambiental em Alta Floresta a evitar a propagação da dengue”, alerta.
Multas - Embasados na lei 1488/2006, criada com a finalidade de exigir aos proprietários de imóveis a limpeza adequada dos terrenos, os agentes localizam quintais com lixo e a existência de foco do vetor transmissor da dengue, notificam os moradores dando um prazo de dez dias para que façam a limpeza. Caso os quintais permaneçam sujos, os moradores são autuados e multados, a cobrança mínima e de R$ 427,20.
Edson finaliza pedindo as pessoas que nesse período chuvoso que se estende até o mês de maio, tempo propício para o desenvolvimento da doença, caso venham ter sintomas da dengue, ou até mesmo de gripes, ou covid, que se assemelham muito com os sintomas da dengue, procurem imediatamente uma Unidade de Saúde, para receber todas as orientações necessárias para o tratamento correto.
E caso o morador perceba que no quintal do vizinho, tenha lixo, fossas abertas e outros possíveis criadouros do mosquito, devem denunciar na Vigilância Ambiental.
Telefone para denúncias: WhatsApp (66) 39031175.