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Atualidades Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2020, 00:00 - A | A

17 de Janeiro de 2020, 00h:00 - A | A

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Moradores dizem que Sindicato Rural recebeu um



Reportagem
 Mato Grosso do Norte

Moradores das comunidades da 3ª e 4ª Leste, que lutam para impedir que a praça de Pedágio seja construída a 12 quilômetros de Alta Floresta, acusam o Sindicato Rural Patronal, deputados estaduais e a própria Prefeitura Municipal, de receberem benefícios  para  abandonarem a causa e ignorar a cobrança que está sendo feita pela população.
Para a professora Darlene Cristina, da comunidade Mundo Novo,  o Sindicato Rural Patronal recebeu um cala boca, quando a obra avançou em um quilômetro e meio para deixar o novo parque de exposição do Sindicato, antes da praça de cobrança.
“Eles [os diretores do Sindicato Rural] pediram o nosso apoio, porque a obra não era neste local. Nós apoiamos o Sindicato, mas quando mudou de lugar e resolveu o problema deles, o Sindicato nos abandonou”, rechaça Darlene.
Na opinião dela, caso a praça de pedágio não seja transferida para os 23 quilômetros, como vem sendo cobrado, deve voltar para o lugar inicial. 
“O Sindicato estava interessado em resolver o problema dele. Mudar esta distância de 1.500 metros foi uma forma de tirar o Sindicato desta briga. O Paulo Moreira, que continua nos apoiando, disse que seu apoio é pessoal, e não como representante do Sindicato Rural”, enfatiza a professora. 
O presidente do Sindicato Rural, de Alta Floresta, Valmir Coco, que no momento estava no local, negou que o Sindicato tenha feito um acerto com o governo, através da Sinfra. 
Segundo ele, o Sindicato foi informado que a Via Brasil só poderia avançar a obra uma distância de 1.500 metros. E assim foi feito. 
Ele disse que não tem tempo de estar presente nas manifestações feitas pelos pequenos produtores, em função de seus afazeres, justificando sua ausência dos protestos realizados.  
“A Sinfra nos informou que com base no estudo realizado, só poderia mudar esta distância. O Sindicato comprou esta área [onde está o novo parque de exposição] e a Tecnoalta vai beneficiar 4 mil produtores de Alta Floresta. Esta questão aqui só pode ser resolvida através de política. O Sindicato já falou com vários deputados e não conseguiu resolver nada”, disse. 
Coco aceitou fazer uma carta do Sindicato Rural, apoiando os agricultores, assim como disponibilizar outra carta feita anteriormente, quando a obra ainda não tinha mudado os 1. 500 metros. Os documentos serão usados pelo promotor,  na ação que irá ingressar na justiça, caso o imbróglio não se resolva. 
Darlene e os demais produtores, afirmam que a prefeitura de Alta Floresta está dividindo o município no meio e não está preocupada com os moradores. Para eles, o prefeito Asiel Bezerra não demonstra interesse em ajudar a encontrar uma solução para o problema. 
Ela também acusa os deputados estaduais que receberam votos em Alta Floresta, como Ondanir Bortolini {Nininho}, Dilmar Dal’Bosco e Romoaldo Júnior, de estarem levando vantagens para ficar do lado da Via Brasil e   do governo estadual e não defender   os interesses dos moradores. 
Os produtores ressaltam que o deputado Nininho é um dos sócios da Via Brasil, empresa que tem a concessão da rodovia e que está construindo a praça de pedágio. 

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