Josana Sales/ Assessoria
Alunos do Ensino Médio das zonas rurais dos municípios de Alta Floresta, Carlinda e Novo Mundo estão recebendo uma formação inédita sobre prevenção aos incêndios florestais, protagonismo juvenil e educação ambiental. As ações fazem parte do projeto Aliança Cristalino Sem Fogo, que busca sensibilizar e engajar jovens estudantes na defesa do meio ambiente e na consolidação de práticas sustentáveis dentro e fora das escolas.
O projeto, que atua em cinco escolas do campo da região, oferece oficinas educativas, dinâmicas interativas e promove a criação de Coletivos Estudantis. O objetivo central é fomentar o protagonismo juvenil, formando multiplicadores de boas práticas ambientais e preparando os estudantes para atuarem como agentes de mudança na comunidade escolar e no entorno.
O professor de Biologia do Ensino Médio da Escola Estadual Boa Esperança, situada na zona rural de Alta Floresta, Quelvin de Moura do Nascimento, destacou que o projeto Aliança Cristalino Sem Fogo oferece uma abordagem envolvente para os jovens. "É fundamental discutir a questão ambiental e o problema do fogo com os alunos, pois complementa a disciplina de Agroecologia desenvolvida na escola", afirmou.
Entre os temas abordados nas oficinas estão o entendimento do fogo, os impactos ambientais e sociais das queimadas, a legislação ambiental, bem como estratégias e ferramentas para prevenção. A iniciativa prevê ainda a capacitação dos estudantes em liderança, comunicação comunitária e produção de conteúdos ambientais – valorizando a expressão criativa e o trabalho em equipe.
Após as oficinas iniciais, cada escola forma e acompanha um coletivo estudantil, que recebe acompanhamento contínuo da equipe do projeto e do professor articulador. Este profissional desempenha papel fundamental ao conectar os estudantes, a escola e o projeto, garantindo que as ações educativas tenham continuidade e resultados duradouros.
"Neste projeto, o jovem é protagonista. Ele vai poder atuar na escola e na comunidade, usando a comunicação e a educação ambiental como ferramentas para promover conscientização, engajamento e transformação no território onde vive", explica a coordenadora de Educação Ambiental da FEC, Mariana dos Santos.
Até agora, já foram realizadas seis oficinas de educação ambiental. O projeto se destaca por promover a criação de redes entre coletivos de diferentes escolas, estimulando a troca de experiências e fortalecendo o movimento de jovens em defesa do meio ambiente.
Resultados esperados incluem coletivos estudantis ativos e reconhecidos, ampliação da consciência ambiental nas escolas e comunidades e estudantes ainda mais preparados para serem protagonistas na prevenção de incêndios e no cuidado com o território do Cristalino.
A proposta prevê a continuidade das ações, com reuniões periódicas, campanhas educativas, produção de conteúdo pelos coletivos e acompanhamento constante da equipe do projeto, consolidando uma jornada por um futuro mais consciente, seguro e sustentável para toda a região.
