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Carros Sexta-feira, 01 de Julho de 2022, 11:01 - A | A

01 de Julho de 2022, 11h:01 - A | A

Carros / Scudo

Carga otimizada

Fiat aproveita a sinergia da Stellantis para complementar a linha de veículos leves de carga com a Scudo



POR EDUARDO ROCHA
AUTO PRESS

As antigas FCA e PSA, agora sob o guarda-chuva da Stellantis, começam a trocar figurinhas no mercado sul-americano. Primeiro foi a Peugeot, que passou a equipar seu hatch 208 produzido em El Palomar, na Argentina, com o motor Firefly 1.0 produzido na mineira Betim. A carência da marca francesa é histórica e vem desde a época do 206 nos anos 2000, quando chegou a comprar motores 1.0 da arquirrival Renault. Agora é a Fiat, que faz um rebadget dos furgões médios Citroën Jumpy e Peugeot Expert montados em CKD, por encomenda da antiga PSA, pela Nordex no Uruguai – a mesma terceirizada contratada pela Ford para montar o furgão grande Transit.

A van Fiat Scudo entra na linha Fiat para cobrir o espaço entre a Fiorino e a Ducato e, a não ser por uma detalhes ou outro, tem as mesmas características físicas e mecânicas dos furgões médios da Citroën e Peugeot. A gama é composta de três versões: Cargo, Multi e 100% elétrica, a e-Scudo e pode absorve até 6.100 litros de carga. Na linha Fiat, ela se encaixa entra a Fiorino, que tem capacidade declarada para 3.300 litros, e a Ducato, que tem versões curta, média e longa para 8 mil, 10 mil e 13 mil litros, respectivamente. Toda a linha de utilitário entra na categoria de Veículo Urbano de Carga, sem maiores restrições legais de circulação, mas enquanto a Ducato exige CNH da categoria C, para a Scudo, assim como para a Fiorino, qualquer nível de habilitação serve.

Essa vantagem competitiva se reflete no preço – a favor da fabricante, claro. Enquanto a Ducato curta custa a partir de R$ 196.995, a Scudo de entrada, batizada de Cargo, começa em R$ 187.490. A diferença de R$ 9.505 é um tanto pequena para uma capacidade de carga 31% superior, ou 1.900 litros. Na versão envidraçada Multi, a Scudo começa em R$ 192.490. Para ela, a Fiat está credenciando implementadores para oferecer variações como uma versão para passageiros com capacidade para 11 ocupantes (10+1) ou outra chamada de Family Car, com oito lugares (7+1), além das transformações tradicionais como ambulância ou adaptações para atividades específicas. As duas configurações com motorização térmica são produzidas no Uruguai, enquanto a versão elétrica é importada da França e será vendida a partir de R$ 329.990, inicialmente apenas na versão Cargo.

A plataforma modular usada na Scudo, EMP2, é de origem PSA, assim como a motorização turbodiesel com intercooler que anima o veículo. Ele tem 1.5 litro e rende 120 cv de potência e 30,6 kgfm de torque e é gerenciado por um câmbio de seis marchas e usa um sistema de redução catalítica seletiva – SCR – com mistura de Arle 32. Segundo a marca, com um tanque de 69 litros, ele é capaz de proporcionar uma autonomia de 800 km.

Já a configuração elétrica usa o mesmo sistema da e-Expert, da e-Jumpy e também do Peugeot e-208, todos vindos da França. O motor elétrico gera uma potência de 100 kW, o equivalente a 136 cv, com 26,5 kgfm de torque. Ele traz um conjunto de baterias de íons de lítio com 75 kWh de capacidade, que proporciona uma autonomia de até 330 km, segundo a Fiat. Em um carregador de 11 kW, a carga completa leva em torno de oito horas. Já com um carregador de corrente contínua da 150 kW – que é caro, mas talvez compense ser adquirido por algum frotista –, a carga completa é feita em pouco mais de uma hora – 80% em 48 minutos.

Em relação ao conteúdo, a Fiat Scudo traz um bom nível de equipamento. Traz de fábrica ABS, três airbags (para motorista e os dois passageiros dianteiros), controle de estabilidade, assistência em subidas, faróis de neblina dianteiros, DRL, ar-condicionado, retrovisores externos elétricos, vidros elétricos e controle de cruzeiro com limitador de velocidade. Central multimídia, câmera de ré e outros “luxos” são oferecidos como opcionais.

O novo utilitário vai ser oferecido em 200 concessionárias da marca Brasil afora. Embora a marca tenha se abstido de prever o desempenho comercial do modelo, a própria capilaridade da rede e a fama que a Fiat conta em veículos comerciais leves, deve gerar volumes de vendas bem superiores aos obtidos pela Peugeot e Citroën com suas versões próprias. A Expert tem média de 300 emplacamentos por mês, enquanto a Jumpy fica próxima dos 250 exemplares/mês. Será uma surpresa se a Scudo não bater as mil unidades mensais.

Álbum de fotos

Foto: DIvulgação

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