Eduardo Rocha
Auto Press
O segmento de motocicletas retrô vem crescendo no mundo todo. E quem tem uma longa história, como a BMW, tem diversos modelos para usar como referência. É o caso da famosa R 90 S, que foi produzida por apenas quatros anos, de 1973 a 1976, com pouco mais de 17 mil unidades, e que marcou época e logo evoluiu para a R 100 S. Agora, a BMW Motorrad apresentou a R 12 S, em modelo feito em homenagem à esportiva clássica dos anos 1970. Ele compartilha diversos elementos de outros dois modelos da chamada linha Heritage, a naked R 12 nineT e a custom R 12 – esta última, inclusive, é vendida no Brasil por R$ 89.900. O fato de ter uma gêmea no mercado aumenta a possibilidade de a esportiva R 12 S desembarcar por aqui – possivelmente em 2025.
A R 90 S foi a primeira motocicleta do mundo a trazer de fábrica carenagem de guidão, do tipo bolha. E a R 12 S segue à risca o visual esportivo, com a diferença de trazer um banco monoposto em vez dos dois lugares da original. O design retrô é combinado com tecnologia atualizada. Na época, o motor boxer de 898 cm³, com dois cilindros, cinco marchas e transmissão por cardã, rendia 67 cv e levava a moto à máxima de 200 km/h, performance assombrosa na época. Já os números da R 12 S não impressionam tanto, mas são bem superiores. O motor boxer agora em 1.170 cm³ bicilíndrico, com seis marchas e cardã, gera 109 cv e empurra a moto até os 215 km/h.
A nova versão traz todos os recursos presentes nos outros dois modelos da gama R 12. A moto traz rodas de alumínio fundido, ABS Pro, controle dinâmico de tração, freio dianteiro a disco duplo e disco simples atrás, estabilizador de direção, telescópicos invertidos, braço oscilante unilateral de alumínio fundido com suporte Paralever, Tomada 12V, velocímetro e conta-giros analógicos com visores em cristal líquido o computador de bordo, modos de condução, alavancas de freio de mão e embreagem ajustáveis, chave presencial para a ignição e tanque de combustível de alumínio.
Opcionalmente, a R 12 S pode receber recursos como controle de pressão dos pneus, sistema de alarme antifurto, conexão com o aplicativo Connected Ride Control e display digital em micro TFT como alternativa aos instrumentos redondos clássicos. No estilo, além da carenagem de farol bolha, a nova moto integra outros elementos de design clássicos como rabeta traseira, retrovisores nas pontas do guidão, plaqueta de identificação com a letra “S” em vermelho nas tampas laterais, detalhes em alumínio escovado, assento com costuras contrastantes e a cor Lava Orange Metálica – uma referência ao carismático Daytona Orange de 1975.
