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Economia Quarta-feira, 17 de Agosto de 2016, 00:00 - A | A

17 de Agosto de 2016, 00h:00 - A | A

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Comércio exterior de MT tem previsão de crescer 8.9% em 2017



Márcia Oliveira 
Seplan 

O comércio exterior de Mato Grosso tem previsão de crescer 8.9% no primeiro semestre de 2017 e 9.7% no fechamento do ano. A projeção constará na Mensagem da Lei Orçamentária Anual (LOA/2017) e foi feita pela equipe orçamentária da Secretária de Estado de Planejamento (Seplan), com base na série histórica da balança comercial do Estado, divulgada pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Ela também leva em conta o resultado das exportações de Mato Grosso, que no primeiro semestre de 2016 totalizou US$ 8,2 bilhões, número que representa um crescimento de 25,5% do valor comercializado no mesmo período do ano passado. Em 2015, Mato Grosso exportou US$ 6,5 bilhões de janeiro a julho.
O prognóstico é visto como um dado positivo para a economia, já que o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado - cuja previsão para 2017 é de subir 2% - cresce na direta proporção em que crescem as exportações ao longo de dez anos seguidos, como mostra a série histórica desses dados a partir de 2002. Naquele ano, o PIB de Mato Grosso era de R$ 20,9 bilhões e as exportações chegaram a US$ 1,7 bilhão. Em 2011, nove anos depois, o PIB cresceu 355% chegando a RS 71,4 bilhões e isso só foi possível graças ao volume das exportações, que bateu a casa dos US$ 11 bilhões, ou seja, cresceu mais de 600% no mesmo período.
FEX- Apesar desses valores não se reverterem em Impostos Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para Mato Grosso - pois desde 1996, para tornar os produtos primários mais competitivos no mercado internacional o governo federal editou a Lei Kandir, que os isenta desse imposto - o impacto da ampliação da atividade é positivo ao observar toda a cadeia produtiva do agronegócio. E como forma de compensar os Estados, o Governo Federal criou o Auxílio Financeiro para o Fomento as Exportações (FEX).
“A atividade impacta toda a cadeia produtiva do agronegócio que precisa de insumos, serviços, óleo diesel e mão de obra qualificada. Toda essa atividade gera renda e emprego dentro do Estado, além do ICMS, que não é cobrado no produto principal, mas é cobrado naqueles usados para a produção e isso traz crescimento e qualidade de vida”, explica o servidor da secretaria adjunta de Orçamento da Seplan, Kellinton de Souza, responsável pela análise. 
Produtos- As exportações de Mato Grosso são baseadas em dois setores, o agronegócio e a indústria, que manejam juntos a venda para o exterior de oito principais produtos: soja, milho, carnes, algodão, madeiras, couros, metais e pedras preciosas, entre outros.
E a soja, sozinha, foi responsável por 71% do valor das exportações de 2016, o equivalente a US$ 5,8 bilhões, valor que indicou crescimento de 18,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Em quantidade, Mato Grosso também ampliou a venda de soja de 12,2 milhões de toneladas para 16,1 milhões de toneladas em 2016. Porém, o preço médio do produto recuou 10,1% no mesmo período.
O produto que vem na sequência é o milho que mais que dobrou o valor comercializado nos primeiros seis meses do ano passado, saindo de US$ 570 milhões para US$ 1,2 bilhão. Aqui a quantidade em toneladas também mais que dobrou de três milhões de toneladas em 2015 para sete milhões de toneladas este ano. E o preço teve queda de 11% em relação ao ano passado. Em terceiro lugar aparecem as carnes com US$ 600 milhões. O crescimento do ano passado para cá foi de 5,9% em relação ao ano passado.
O algodão ficou em quarto lugar, com crescimento no valor em dólar de 38% em relação ao ano passado. Esse produto também teve queda no preço de 5% e aumento na quantidade vendida em 44%.
O nosso principal importador continua sendo a China que sozinha foi responsável por consumir 37,8% dos produtos vendidos em 2016. Se comparado ao ano passado, o país comprou 19,32% a mais este ano. Depois vêm Países Baixos, Indonésia, Irã, Tailândia, Espanha, Japão e Russia.

 

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