por Geraldo Bessa TV Press
Falar de cultura, em especial a brasileira, é uma constante na carreira do jornalista e apresentador Zeca Camargo. Considerando que ele também adora viajar, conhecer gente nova e fazer transmissões ao vivo, é natural que ele se sinta em casa à frente do “Band Folia”, tradicional cobertura da emissora para mostrar o que há de melhor no Carnaval baiano.
“É meu segundo ano no comando do ‘Band Folia’ e eu não poderia estar mais feliz. Me apaixonei pelo Carnaval de Salvador e acho lindos o profissionalismo e a dedicação do povo baiano com essa festa”, valoriza Zeca, que divide a cobertura com os já experientes Juliana Guimarães, Betinho e Pâmela Lucciola. “Aprendo muito com meus parceiros de trabalho. A rotina é uma loucura e a entrega tem de ser total”, completa.
Já fiz de tudo um pouco na tevê e estou satisfeito em trabalhar com liberdade e em coisas que realmente me instigam
Natural de Uberaba, no coração do Triângulo Mineiro, Zeca já era um jornalista reconhecido na mídia impressa quando decidiu enveredar pela televisão. No início dos anos 1990, foi VJ e diretor de jornalismo da extinta MTV Brasil e passou pela TV Cultura. O jeito natural de falar sobre música e o bom desempenho à frente das câmeras acabou chamando a atenção da Globo, para onde se transferiu em 1996. Ao longo de 25 anos de vínculo, Zeca se destacou em programas como “Fantástico” e “No Limite”.
Mas também teve experiências problemáticas em projetos malsucedidos como o “Hipertensão” e a reformulação do “Vídeo Show”, em 2013. Na Band desde 2020, ele celebra a oportunidade de estar mais próximo do público novamente à frente do “Melhor da Noite”.
“Já fiz de tudo um pouco na tevê e estou satisfeito em trabalhar com liberdade e em coisas que realmente me instigam. O Carnaval entrou de verdade há pouco na minha vida e eu já estava ansioso para este momento chegar”, ressalta.
P – Pelo segundo ano consecutivo você estará no comando do “Band Folia”, em Salvador. Você se encantou pelo Carnaval baiano?
R – É uma energia incrível. Em 2023, eu brincava que era minha estreia no Carnaval baiano – e não estava exagerando: vi tudo com olhos de quem estava, de fato, experimentando aquilo tudo pela primeira vez. Como tudo era novidade, fui extremamente bem-recebido pelos colegas da Band Bahia e pelos artistas, que já têm um carinho especial pela transmissão feita pela Band. Agora, em 2024, vou navegar pela experiência dos meus colegas de apresentação, a Pâmela, a Juliana e o Betinho, que há anos conduzem o público por essa festa incrível, como se fosse sempre a primeira vez. Acho que não vai ser difícil me contagiar por esse entusiasmo.
P – Mesmo trabalhando, é possível curtir a festa?
R – Quando alguém me pergunta sobre o Carnaval em Salvador, sempre respondo: “não é para os fracos”.
P – Em que sentido?
R – É tudo muito intenso. A apresentação exige muita energia e jogo de cintura da gente. Mas acho que é justamente essa energia que nos faz acordar, mesmo cansados, e aproveitar o axé da cidade. Basta andar pelas ruas do centro histórico que eu já fico renovado.
P – O que você não fez no ano passado que não pode deixar de fazer esse ano na Bahia?
R – A própria transmissão do “Band Folia” deixa a gente muito focado no circuito Barra-Ondina. Mas eu ouvi coisas incríveis sobre roteiros mais alternativos espalhados por toda a cidade, não só em Campo Grande, mas também o famoso Circuito Mestre Bimba. Tomara que eu tenha tempo e energia para dar conta de tudo.
P – Sua conexão com a cultura, em especial a música, é nitidamente forte. Neste contexto, o que o Carnaval significa para você?
R – É uma das maiores manifestações populares que eu já vi pelo mundo. O fato de ser uma festa tão brasileira me dá um orgulho a mais, pois somos os anfitriões de uma enorme usina de alegria. Em vários cantos do Brasil, fica cada vez mais claro o quanto que somos bons nisso. Em Salvador, essa alegria tem uma energia ainda mais especial.
“Band Folia” – Band – Transmissão ao vivo ao longo da programação da emissora.
