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Esporte Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2020, 00:00 - A | A

10 de Fevereiro de 2020, 00h:00 - A | A

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Flamengo joga em ritmo de treino e vence com facilidade o fraco Madureira



Cahê Mota
Globo Esporte.com

Jorge Jesus já deixou claro: o Carioca faz parte da pré-temporada do Flamengo. Discurso colocado em prática com autoridade diante do Madureira. A vitória por 2 a 0 teve cara de treino. Um treino intensivo como é exigência do português, mas treino onde só o Rubro-Negro jogou e teve liberdade para testar suas opções ofensivas e defensivas.
O duelo da noite de sábado com comoção pelo um ano da tragédia no Ninho do Urubu foi ainda mais dominante por parte do Flamengo do que no 3 a 1 sobre o Resende. O Tricolor Suburbano estacionou o ônibus à frente da área e praticamente não encaixou contragolpes. Foi um chute em cada etapa para defesas de Diego Alves.
Sendo assim, Jorge Jesus teve 90 minutos (ou 93 como ele fez questão de frisar) para trabalhar variações ofensivas, ações que ditam o desgaste do adversário e ajuste na saída de bola com uma dupla de zaga nova. Podemos dizer que tudo deu certo.
A vitória não foi mais elástica porque Gabigol perdeu gols que não está acostumado a perder no primeiro tempo. O Flamengo encurralou o Madureira e voltou a mostrar inteligência para encontrar espaços mesmo com um rival quase todo dentro da área.
Da mesma maneira que fez contra o Resende, os lados do campo foram as melhores alternativas.
 Se Everton Ribeiro e Rafinha abriram caminhos pela direita no meio da semana, Arrascaeta e Renê foram responsáveis pela melhores jogadas pelo lado esquerdo no sábado.
Quando não conseguia criar chances claras, o Flamengo balançava o jogo de um lado para o outro, fazendo o Madureira cansar no clima abafado do Rio de Janeiro. Deu certo.
Lá atrás, Léo Pereira deixava evidente a maior aptidão para o estilo de jogo do Mister, acelerava as saídas de bola com passes precisos, verticais, e avançava no posicionamento em campo. Largou na frente na disputa com Gustavo Henrique por um lugar ao lado do intocável Rodrigo Caio.

Com o Madureira desgastado, Jesus fez o sinal de baixinho com as mãos e chamou a correria de Michael. O reforço já ouvia instruções de João de Deus quando Gabigol não perdoou. Dessa vez, o avanço foi pela direita, com Rafinha, e teve participação de Bruno Henrique até a torcida levantar a plaquinha do gol do artilheiro.

Jorge Jesus repetiu as alterações e deu mostras de que a variação com as entradas de Michael e Pedro será uma constante em 2020. Pedro e Gabriel centralizam, Michael e Bruno Henrique abrem. E o Flamengo ganha poder de fogo.
As jogadas pelas laterais para furar retrancas vão além de bolas levantas. São triangulações, passes rasteiros, e gols. Em dois jogos, são cinco. Cartão de visitas de um Flamengo que segue treinando, segue se ajustando. Mesmo valendo três pontos.

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