G1 - Globoesporte
O descaso com o Maracanã após o término do Campeonato Brasileiro ganhou novos capítulos nesta semana. Foi registrado nesta terça-feira um Boletim de Ocorrência na 18ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro por causa de furtos no "Maior do Mundo". O estádio, depois do episódio, teve segurança reforçada por uma empresa privada, mas quem contratou o serviço é mantido em sigilo.
Fechado para visitas e jogos, o Maracanã está praticamente abandonado. Nesta terça-feira, a reportagem do GloboEsporte.com foi ao estádio. Ambulantes do setor da rampa da UERJ relataram furto de televisões e lixeiras por espaços abertos em grades de seguranças - eles já foram fechados com lacres.
Apesar disso, ainda há espaço para a entrada e saída de pessoas no hall dos elevadores, por baixo de vidros que estão com folga. A segurança, feita por três homens, faz rondas pelo Maracanã para evitar que estranhos pulem as grades ou entrem pelos espaços abertos.
- Vaza daqui, está fechado - gritou um deles de longe.
Funcionários da empresa responsável pela limpeza do estádio após o Jogo das Estrelas, do Zico, relataram o péssimo estado do gramado:
- Está pior do que o da várzea - disse um dos trabalhadores.
Com o Maracanã fechado, turistas podem apenas tirar fotos na fachada do estádio. Ambulantes tentam aproveitar o movimento em frente à Estátua do Bellini.
Enquanto não há uma definição sobre o futuro do Maracanã, Flamengo e Fluminense, que têm interesse em administrá-lo, não podem atuar no "Maior do Mundo". A Odebrecht, que tem 95% da concessionária do estádio, se recusa a recebê-lo de volta da Rio 2016 por falta de laudos de vistoria.