Maicon, David Luiz, Luiz Gustavo e Oscar em campo. Jefferson, Ramires e Willian no banco. Todos esses nomes trazem uma lembrança ruim para os brasileiros, o vexatório 7 a 1 sofrido contra Alemanha na Copa do Mundo em casa. E esse pesadelo passará na cabeça da torcida novamente nesta sexta-feira, em amistoso contra Colômbia, pois os mesmos jogadores estarão em campo defendendo a Seleção Brasileira. Pelo menos o horário do jogo é de festa: às 22h (de Brasília), quando muitos na verdade estarão a caminho ou dentro de baladas pelo Brasil.
Dunga não se importou com os pedidos de mudança que vieram da imprensa e dos torcedores: "todos falam em reformulação, mas não temos que colocar essa palavra. Se não, o jovem acha que está dentro porque é novo. E o velho acha que está fora porque é velho". Dunga entende que dar chance a quem estava na Copa do Mundo é uma questão de hierarquia.
Na prática também é uma questão de buscar o resultado. Muito questionado, Dunga não quer se arriscar usando muitos jovens. Eles podem sentir a pressão, não mostrar o futebol desejado e complicar o trabalho de Dunga. Talvez no segundo amistoso, contra o Equador, uma seleção mais fraca que a Colômbia, Dunga faça mais testes.
Mas dessa vez as novidades só virão do banco de reservas. Serão permitidas seis substituições durante o jogo, então Dunga terá chance de promover as estreias de Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Gil. Outros que devem entrar em campo são Elias, Robinho e Philippe Coutinho, que foram testados como titulares no treino de terça-feira.
Questionado se será possível enxergar alguma mudança em relação ao time que disputou a Copa, Dunga não foi claro: "temos que ter uma seleção competitiva, que não vai deixar o adversário jogar. Sem a bola precisamos ter humildade e correr atrás. E com a bola temos que jogar com personalidade". A mudança só pode vir na atitude ou na estratégia. Na escalação e no sistema tático está tudo bem parecido com o foi visto na Copa.
Aliás, a Colômbia também jogará praticamente igual. A novidade do time é muito importante, o atacante Falcao García, que estava lesionado no primeiro semestre. Mas de resto o time é bem parecido com o que jogou no Mundial de 2014 e perdeu para o Brasil nas quartas de final. Mas isso não significa que os colombianos terão a mesma lembrança ruim dos brasileiros: a equipe foi bem recebida quando voltou da Copa, teve festa em praça pública e muita comemoração pela ótima campanha.
A equipe inclusive começará o jogo contra o Brasil como favorita.Dunga admitiu que tem uma desvantagem em relação ao técnico José Pekerman. E o time mudará muito pouco, apenas três posições: um zagueiro (Yepes está fora), um atacante (Falcão de volta) e talvez um goleiro (Ospina é dúvida por causa de lesão). No mais, o time deve se formar assim: Ospina (Vargas); Zuñiga, Zapata, Valdez, Armero; Sanchez, Aguilar, James Rodriguez, Cuadrado, Gutierrez, Falcao García.
Portal Terra