G1
Por Felippe Costa e Hector Werlang*Rio de Janeiro
O desejo da diretoria do Fluminense de levar o clássico diante do Flamengo, do próximo dia 12 de outubro, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, para o Maracanã, está cada vez mais difícil de ser realizado. Tudo isso porque o tempo para recuperar o gramado do estádio, que foi prejudicado na colocação da estrutura para a cerimônia de abertura da Paralimpíada, pode ultrapassar a data do jogo. O destino mais provável para o confronto seria a Arena Amazônia, em Manaus.
Para a abertura da Paralimpíada, por exemplo, foi feito um buraco no centro do gramado de 6,5 metros de comprimento e 4 metros de largura com aproximadamente 2 metros de profundidade. A informação foi dada no blog do jornalista Mauro Cezar Pereira, da ESPN, nesta segunda-feira. Porém, na tarde desta terça em uma rede social, Marcelo Rubens Paiva, um dos diretores do evento, afirmou que não existe buraco no gramado, mas sim "30cm para caber uma máquina".
O fato é que essa alteração no campo acabou interferindo um pouco na drenagem, que também precisará ser recuperada. O prazo para que tudo fique resolvido é de cerca de 24 dias: 15 para fechar o buraco, quatro para recolocar a grama e mais quatro para que ela fique em perfeitas condições.
Contudo, o processo só poderá ser iniciado após a cerimônia de encerramento da mesma. O evento acontece em 18 de setembro, exatamente 24 dias antes da data do clássico. Ou seja, o jogo só poderia acontecer caso o Comitê Organizador da Rio 2016 entregasse o estádio nesse dia, mas dificilmente acontece, pois é preciso tirar toda a estrutura usada na festa, que acaba depois das 22h. Por outro lado, o confronto do Flu diante do São Paulo, em 16 de outubro, já poderia ser mais viável. Empresa responsável pelo campo, a Greenleaf não se manifestou sobre o assunto.
Além do tempo para a recuperação do gramado, o Fluminense teria que resolver outro "problema". É bom lembrar que a data acordada para a entrega do estádio pela Rio 2016 é dia 30 de outubro e o clube teria que conseguir antecipar isso.
O destino mais provável para o Fla-Flu do dia das crianças é a Arena da Amazônia, em Manaus. Conversas já começaram e a definição deve acontecer até o próximo fim de semana. Secretário Estadual de Juventude Esporte e Lazer do Amazonas, Fabrício Lima se mostra confiante.
- Estamos tratando como se fosse acontecer em Manaus. Acredito que seja uma questão de logística do Flamengo para fecharmos. Fiquei de entrar de contato com os clubes até a próxima quinta-feira para tentar alguma resposta. Flamengo e Fluminense têm muitos torcedores em Manaus e tenho certeza que teremos casa cheia. Seria muito bom receber esse clássico no dia das crianças.
Outra opção seria levar o clássico para Edson Passos, mas o laudo apresentado pelos bombeiros impede que o Fluminense mande qualquer clássico em Mesquita. Os acessos ao estádio comprometem a segurança dos torcedores.
- O laudo de segurança, na época em que o Fluminense solicitou jogar lá, prevê a impossibilidade de qualquer clássico estadual. Portanto, o Fla-Flu não pode ser realizado lá. Isso não é novo. A capacidade é menor, cabem 12 mil pessoas. O problema maior é o acesso ao local, que é muito ruim. Só há uma rua de acesso, a principal, o que dificulta a separação das torcidas na chegada ao jogo. Fica muito complicado, há um risco muito grande. Por isso, não liberamos - explicou o major Silvio Luiz, comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) da Polícia Militar.