Reportagem
A assessora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Maria Eduarda Aquino Costa e o advogado Rodrigo Figueiredo estão entre os presos alvos da Operação Doce Amargo 3, deflagrada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), nesta terça-feira, 5, contra traficantes de drogas sintéticas que atuam na região metropolitana de Cuiabá.
Maria Eduarda é nomeada desde o dia 23 de junho do ano passado no gabinete da Primeira Secretaria da Assembleia. E o advogado Rodrigo Figueiredo é servidor da justiça.
O Portal da Transparência da Casa informa que Maria Eduarda é assessora técnica legislativa, com salário mensal bruto de R$ 3.430,64.
A operação cumpriu 151 ordens judiciais, sendo 43 mandados de prisões preventivas, 54 mandados de busca e apreensão e 54 ordens debloqueio de contas, com alvo especialmente em traficantes de drogas sintéticas que atuam em toda região metropolitana de Cuiabá.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, após representação por medidas cautelares elaborada pelos delegados da DRE, com base nas investigações realizadas pelas equipes policiais da especializada.
Conforme a Polícia Civil, os traficantes seriam pessoas de classe média alta, entre eles um estudante de Medicina, que também foi preso.
No curso das investigações, foram identificados traficantes envolvidos com o comércio de drogas sintéticas como ecstasy, MDMA, LSD, além de outras substâncias como variações de maconha, que eram comercializadas com usuários de melhor poder aquisitivo em bairros considerados nobres da Capital e em festas e baladas.
Exonerada- Maria Eduarda Aquino da Costa Marques foi exonerada do cargo após ser presa por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas, nesta terça-feira, 5.
Doce Amargo- O nome da operação faz uma junção de palavras, como “doce”, referência à forma como drogas sintéticas são denominadas pelos usuários e “amargo”, em referência ao dissabor experimentado pelos investigados diante da repressão estatal.