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07 de Maio de 2025, 08h:36 - A | A

Geral / Guarantã do Norte

Médico que matou menor poderá responder também por estupro de vulnerável

Bruno, que já foi alvo de medida protetiva, se ficar comprovado que se envolveu com Kethlyn quando ela tinha 14 anos, poderá responder por estupro



Reportagem

O delegado Waner Neves, responsável pela investigação do caso do médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, 29 , preso na segunda-feira, 5, por confessar ter matado com um tiro a namorada Kethlyn Vitória da Silva, de apenas 15 anos, confirma que ele já foi alvo de uma medida protetiva de urgência, solicitada por uma ex-companheira em 2022.

A existência de um histórico anterior de violência contra mulher pode pesar na condução do caso atual. No entanto, não há até o momento, informações detalhadas sobre os motivos que levaram à solicitação da medida, nem a identidade da ex-namorada do médico.

O juiz Guilherme Carlos Kotovicz, que decretou a prisão preventiva do médico Bruno destacou sua “brutalidade”, o risco de fuga e o seu histórico de comportamento agressivo, que ostenta medida protetiva solicitada por uma ex-companheira.

O magistrado também justificou a medida diante da necessidade de resposta judicial célere para garantir a ordem pública e resguardar a eficácia da tramitação do processo.

A fuga do médico também foi considerada: para o magistrado, o fato de ele ter fugido da Justiça após levar a adolescente no hospital revela conduta incompatível com quem tem a intenção de colaborar com a apuração dos fatos.

A morte da menor ocorreu na madrugada de sábado, 3, em Guarantã do Norte. Bruno se apresentou na Base Aérea do Cachimbo, no Pará, e entrou em contato com a Polícia Civil, que já havia solicitado sua prisão preventiva. Ele foi levado para Guarantã. E alegou que o tiro foi acidental.

Em seu depoimento, o médico relatou que estava com Kethlyn dentro do carro e que ambos haviam ingerido bebida alcoólica em um passeio. A adolescente teria pedido para dirigir e, ao se sentar no colo dele, o médico manuseou a arma de fogo acreditando que estivesse desmuniciada. Nesse momento o disparo acidental aconteceu, conforme sua narrativa.

A princípio, ele se recusou a dizer onde havia escondido a arma do crime, mas decidiu levar os investigadores até uma ponte onde jogou a arma.

O delegado Waner Neves disse que o inquérito será concluído em até dez dias. Mesmo com a confissão, a Polícia Civil ainda apura as circunstâncias da morte de Kethlyn e avalia se o médico responderá por homicídio doloso, com intenção ou culposo, quando não há intenção de matar.

Estupro - Também poderá pesar contra Bruno seu relacionamento com uma menor. O delegado Waner afirma que deverá ser investigado o relacionamento entre o médico e a adolescente. Caso fique comprovado que Bruno se envolveu com Kethlyn quando ela tinha 14 anos, ele poderá responder também por estupro de vulnerável. Kethlyn completou 15 anos no dia 31 de março.

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