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Geral Terça-feira, 12 de Novembro de 2024, 07:54 - A | A

12 de Novembro de 2024, 07h:54 - A | A

Geral / Ainda não suspeito

Pais de cantora trans dizem não saber motivos do assassinato da filha

Santrosa, de 27 anos, foi encontrada decapitada, com mãos e pés amarrados, no domingo



A cantora transexual conhecida como Santrosa, de 27 anos, foi velada na capela municipal de Sinop, na segunda-feira, 11. A artista foi encontrada decapitada, com as mãos e pés amarrados, no domingo, 10, um dia após desaparecer.

Durante o velório, o pai da vítima, Cristóvão da Rosa, afirmou estar indignado pela morte da filha.

 "Um amor de pessoa! Nós a perdemos e não sabemos o motivo", lamentou.

 Já a mãe de Santrosa, Nilda Salete dos Santos, pediu justiça e que os responsáveis sejam punidos pelo crime.

  "Agora só espero justiça. Que a justiça seja feita e que os culpados paguem pelo o que fizeram", declarou.

 O amigo Jean de Souza Ortiz enfatizou a importância do trabalho dela enquanto ativista da causa LGBTQIAPN+ e do legado que deixou.

"Santrosa era um símbolo da nossa comunidade, que sempre lutou por tudo e por todos e o que ela deixa agora é o seu legado", disse.

Investigação

A Polícia Civil informou, na segunda-feira ,11, que descartou a possibilidade da cantora ter sido morta por transfobia.

Segundo o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Braulio Junqueira, a principal linha de investigação sobre a motivação do crime é de que a vítima foi morta por integrantes da facção Comando Vermelho (CV).

 

O assassinato, de acordo com as investigações, teria sido em retaliação a uma suspeita de criminosos de que Santrosa estaria repassando informações sobre a facção a outras pessoas, que ainda não foram identificadas.

Segundo o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Braulio Junqueira, a principal linha de investigação sobre a motivação do crime é de que a vítima estaria contra a organização criminosa Comando Vermelho (CV) e repassando informações a outras pessoas, que ainda não foram identificadas.

" A forma como foi feita a execução, sequestrar e decapitar a pessoa é uma marca registrada dessa quadrilha. É para demonstrar o que é feito com caguetas, com informantes, com pessoa que joga contra os interesses desse Comando Vermelho. Então, em razão disso, a polícia vai trabalhar agora para ver se consegue chegar aos autores desse crime. Nós não temos dúvida de que quem matou foi um integrante do Comando Vermelho. E agora falta definir realmente a motivação desse crime", disse o delegado

 Ainda de acordo com o delegado, ainda não se sabe se Santrosa estaria ligada a alguma organização criminosa ou se passava informações do Comando Vermelho à facção rival ou para autoridades políticas, já que ela era suplente de vereador pelo PSDB pela primeira vez na cidade e "ficou assustada com o que acontecia na política", segundo amigos da vítima.

Até o momento, nenhum suspeito foi identificado pela polícia.

A Polícia Militar informou ainda que houve reforço no policiamento em toda a região de Sonop.

(Informações/ G1/MT)

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