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Nacional Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2017, 00:00 - A | A

15 de Dezembro de 2017, 00h:00 - A | A

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Temer minimiza adiamento da votação da reforma e diz não ter dúvida de aprovação



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O presidente Michel Temer, que  recebeu alta do hospital Sírio-Libanês na manhã desta sexta-feira (15) após passar dois dias internado, deu posse nesta tarde a Carlos Marun (PMDB) como seu novo chefe da Secretaria-Geral de Governo.

Fiel aliado do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB), Carlos Marun assume a articulação política do Planalto junto ao Congresso após o cargo ter sido abandonado por Antonio Imbassahy , cujo partido (PSDB) está em processo de desembarque da base aliada do governo. Antes do tucano, a função de chefe da Secretaria-Geral do governo de Temer foi também exercida por Geddel Vieira Lima (PMDB).

Imbassahy participou da cerimônia nesta tarde e agradeceu ao presidente Temer pelo período em que esteve à frente da Secretaria-Geral e evitou falar sobre o rompimento do PSDB com o Planalto. "É tempo de agradecer ao meu partido, o PSDB, que apoiou o impeachment [da ex-presidente Dilma Rousseff] e entendeu que estaria contrariando sua história se simplesmente lavasse as mãos e virasse as costas para o Brasil. Assim, decidiu apoiar ao governo sem contrapartida alguma", disse.

Reforma da Previdência

Ao tomar a palavra, Marun bajulou o presidente Temer e voltou a defender a proposta de reforma da Previdência, cuja votação na Câmara dos Deputados ficou para fevereiro do ano que vem . "Acredito no governo Temer e me sinto extremamente motivado por vossa coragem e vossa determinação em fazer aquilo que o Brasil precisa ser feito", disse Marun, dirigindo-se diretamente ao presidente.

"Precisamos de uma Previdência mais justa e menos desigual para todos os brasileiros. Este é neste momento o grande desafio", declarou o peemedebista, acrescentando que 2018 poderá ser um ano "histórico" e com resultados "espetaculares" na economia.

O presidente Michel Temer também bateu na tecla da aprovação da reforma da Previdência e garantiu que o texto passará no Congresso Nacional. Não tenho a menor dúvida disso", garantiu o peemedebista, que minimizou o adiamento da votação para o ano que vem. "Vai ficar para fevereiro? Ótimo. Enquanto não tivermos os 308 votos [número mínimo necessário para a aprovação da reforma], não vamos constranger nenhum deputado". 

"É uma matéria difícil, mas, ao longo do tempo, os esclarecimentos foram feitos de uma tal maneira que hoje há uma consciência de forma coletiva. A imprensa hoje apoia fortemente, eu diria até radiclamente, a reforma previdenciária no nosso País. Temos absoluta convicção de que o povo brasileiro hoje confia na reforma", afirmou, acrescentando que, em caso de não aprovação, "a bolsa cai e o dólar sobe". "Essa é a preocupação que nós temos", afirmou.

A posse de Marun estava prevista inicialmente para ocorrer nessa quinta-feira (14), mas foi adiada devido à internação de Temer, que precisou passar por uma revisão da cirurgia urológica à qual ele foi submetido em setembro. 

O adiamento permitiu que Marun pudesse concluir sua participação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, onde ele foi relator do texto final que pediu o indiciamento dos irmãos Wesley e Joesley Batista , além de recomendar uma investigação contra o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

Quem é Carlos Marun 

Marun se destacou no ano passado como escudeiro de Eduardo Cunha, tendo sido o único deputado a se pronunciar a favor de Cunha na sessão da Câmara dos Deputados que resultou na cassação de seu mandato. Somente Marun e outros nove deputados votaram pela permanência de Cunha na Câmara (450 parlamentares defenderam a cassação).

Após a prisão de Cunha, em outubro do ano passado, Marun também foi o único parlamentar a visitar o ex-presidente da Câmara no cárcere do Complexo Médico-Penal em Pinhais (PR).

Já na atuação de ponta-de-lança da base aliada de Temer no Congresso, Marun voltou a ganhar holofotes após protagonizar uma excêntrica dança para celebrar a votação que barrou o prosseguimento da segunda denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Temer.

 

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