José Vieira do Nascimento
2025 começa com prefeitos e vereadores iniciando um novo mandato. Como o percentual de reeleição na eleição de 6 de outubro de 2024, foi alto, denota-se que teremos pela frente, mais do mesmo. Até porquê o discurso de muitos candidatos à reeleição foi a continuidade.
Todavia, ademais à conclusão de projetos já iniciados, na gestão pública novas ideias são essenciais para atender as demandas nas áreas básicas e aprimorar o atendimento à população. Em quase todos os municípios, a ausência de higidez é notável na maioria dos serviços públicos.
Na região Norte, com poucas exceções, prefeitos que estavam no exercício do cargo, conseguiram um novo mandato. Alguns, por mérito, outros por falta de opção e influência do poderio econômico.
No período eleitoral, usam parte da grana desviada dos cofres públicos para operacionar os fechamentos, cooptar partidos em torno de seus projetos de reeleição e para comprar apoio de lideranças.
Este processo aniquila os possíveis adversários e o eleitor se vê diante de um cenário de poucas opções para votar. E acabam escolhendo, na sua percepção, o que poderia ser menos pior.
Nas Câmaras Municipais, também prevaleceu a hegemonia dos vereadores que estavam no mandato e buscavam à reeleição. A renovação foi ínfima, com exceção de municípios em que os eleitores são mais politizados.
Referente a prefeitos, cabe uma observação em duas cidades da região, cuja população sempre prefere não reeleger: Colíder e Nova Bandeirantes. Em ambas cidades, mesmo com os respectivos prefeitos estando realizando um mandato bem razoável, com avanços em áreas importantes como a Educação, receberam cartão vermelho da população.
O bom disto, quando os gestores são bem avaliados, mas não são reeleitos, é que quem assume terá que mostrar trabalho. Com isso, quem é beneficiado é a comunidade. Do contrário, também correrá o risco de ser rejeitado nas urnas no final dos 4 anos quando tentar a reeleição.
Não obstante, o Norte de Mato Grosso passa por um momento impar de desenvolvimento, com grandes e importantes obras sendo executadas pelo governo estadual, como as pontes no rio Juruena e Teles Pires, ligando a região de Alta Floresta à BR-163 através das rodovias MT-208 e 419.
E também há o compromisso de o governo licitar e começar asfaltar o que falta nestas estradas para o asfalto chegar à BR-163, encurtando a distância em mais de 100 quilômetros a partir de Alta Floresta.
A logística proporcionada pelo governo está fomentando o progresso até há poucos anos impensável a curto e médio prazo.
Por isso,
Precisamos de políticos que possam corresponder com as expectativas da população
. Prefeito e vereadores que saibam planejar o processo de crescimento regional, inerente a cada cidade, para convergir com o ritmo do governo estadual e fazer a região avançar ainda mais. Não apenas pensar. Mas saber efetivar os projetos.
No meio político, sabe-se que há muito blá blá blá. Retóricas falaciosas de agentes públicos que usam estratégias para enganar a população, mas fazem muito pouco, além de roubar dinheiro público.
Contudo, para as coisas acontecerem, a sociedade tem um papel crucial de procurar se informar e entender, pelo menos minimamente, os meios de acompanhar a aplicação dos recursos públicos, prazo de conclusão de obras, os famosos aditivos sobre o preço inicial, transparência e eficiência de seus representantes.
Saber identificar se o vereador em quem você votou para fiscalizar o prefeito, é apenas um puxa saco, que faz vista grossa para as falcatruas, ou se realmente cumpre a sua função na defesa dos interesses da comunidade.
O cidadão que realmente quer eficiência nos serviços públicos, qualidade de vida na cidade em que vive, invés de apenas se arvorar nas redes sociais, deve procurar se informar sobre seus direitos. De como se move a engrenagem da máquina pública. E, sobretudo, de sua responsabilidade no exercício da cidadania.