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Opinião Quarta-feira, 28 de Maio de 2025, 14:15 - A | A

28 de Maio de 2025, 14h:15 - A | A

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O futuro da gestão de resíduos e da descarbonização já começou

Brasil tem a oportunidade de liderar o tema da descarbonização



O Dia da Indústria, celebrado em 25 de maio, é uma oportunidade para refletirmos sobre o papel estratégico do setor produtivo na construção de um futuro mais sustentável. Em um cenário global, que exige cada vez mais responsabilidade ambiental, o Brasil tem a oportunidade de liderar o tema da descarbonização e uma dessas iniciativas é a destinação correta dos rejeitos industriais.   

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a descarbonização do setor industrial brasileiro exigirá investimentos de cerca de R$ 40 bilhões até 2050. É um investimento necessário, mas que também traz oportunidades de inovação e competitividade. Um caminho já em curso e que entrega resultados reais é o coprocessamento, tecnologia que proporciona a destinação adequada de diferentes tipos de resíduos com aproveitamento energético, bem como a redução da emissão dos gases de efeito estufa (GEE) em andamento.  

Na Votorantim Cimentos, um dos pilares da estratégia de descarbonização é o coprocessamento, que é a destinação de diferentes tipos de resíduos, que seriam descartados, como combustível alternativo substituindo combustível fóssil na produção do cimento.

É um investimento necessário, mas que também traz oportunidades de inovação

Por meio da Verdera, a unidade de gestão e destinação sustentável de resíduos da empresa, mais de 6,5 milhões de toneladas de resíduos foram coprocessados nas fábricas da Votorantim Cimentos no Brasil, desde 2019 até 2024, essa atuação também contribuiu para evitar a emissão de mais de 5,9 milhões de toneladas de CO2 no meio ambiente, reforçando o potencial transformador dessa tecnologia.   

Esses números mostram que é possível aliar desenvolvimento industrial à preservação ambiental. Na prática, o coprocessamento reduz as emissões de gases de efeito estufa, como o metano e o CO2, amplia a vida útil dos aterros e evita que toneladas de resíduos sigam para destinos inadequados.

Além disso, gera valor para as cadeias produtivas locais, como ocorre com o caroço de açaí na unidade da Votorantim Cimentos em Primavera (PA), que virou referência em economia circular na região amazônica.   

O compromisso com o clima exige ação concreta e o reaproveitamento energético por meio do coprocessamento é um exemplo claro de como a indústria pode e deve ser protagonista na transição para uma economia de baixo carbono.    

Eduardo Porciuncula, engenheiro e gerente geral da Verdera, unidade de gestão e destinação sustentável de resíduos da Votorantim Cimentos

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