Segundo o ex-presidente da Assembleia José Riva, o deputado Odanir Bortolinho, o Nininho (PSD), teria recebido um total de R$ 3,2 milhões em propina durante 48 meses. A informação consta no documento de aditamento da tentativa de colaboração premiada de Riva com o Ministério Público Estadual (MPE).
O documento mostra que Nininho teria recebido pagamentos no chamado “mensalinho” da Assembleia entre fevereiro de 2011 e janeiro de 2015. Riva deixou o Parlamento naquele ano, quando não disputou a reeleição e teve a candidatura ao governo do Estado impugnada pela Lei da Ficha Limpa.
De acordo com o pretenso delator, Nininho teria atestado falsamente o recebimento de materiais e serviços não entregues e não prestados à Assembleia por empresas. Os atestados teriam servido como “suporte” para o pagamento de propina. Riva cita documentos encaminhados ao Ministério Público.
Os ex-deputados Sérgio Ricardo, Mauro Savi e o suplente de deputado Romoaldo Júnior (MDB) teriam colaborado para o repasse da propina ao parlamentar. Além do próprio deputado, o pagamento dos valores ilegais teria envolvido um assessor de Nininho, que teria recebido propina em espécie.
(Mikhail Favalessa)