Jornal Mato Grosso do Norte
As contas de governo do prefeito Asiel Bezerra (PMDB), relativas a 2013, foram reprovadas pela Câmara Municipal de Alta Floresta em sessão realizada ontem pela manhã. O placar da votação foi de 5 votos acompanhando o parecer do Tribunal de contas e 6 votos contrários.
Entretanto, para ter as contas aprovadas, o prefeito precisava de 8 votos para derrubar o parecer do Tribunal de contas, que era contrário. E 4 fotos seriam suficientes para manter o parecer e reprovar as contas.
Acompanharam o parecer do Tribunal de Contas, os vereadores Dida Pires (PPS), Rogério Colcchio (PT), Bernardo Patrício (SDD), Paulo Jiló (PROS) e Elisa Gomes (PDT). Votaram com o prefeito Asiel Bezerra, os vereadores Reinaldo de Souza, o Lau (PSD), Charles Miranda (PR), Oslen Dias, o Tuti (PSDB), Emerson Machado (PMDB), Elói Crestani (PMDB) e Mendonça (PSC).
O líder do prefeito na Câmara, vereador Lau, empreendeu um grande esforço para articular a aprovação das contas de Asiel Bezerra. Durantes os últimos dias, ele conversou com todos os vereadores e pediu que analisassem o projeto para o município não ser prejudicado com a reprovação das contas.
Durante a sessão de ontem, o parlamentar pediu para que os vereadores esquecessem o prefeito Asiel e pensassem em Alta Floresta. “Não existem irregularidades nas contas a não ser o índice da folha que foi ultrapassado. Os vereadores tem que refletir e pensar na população. Será que vale a penas reprovar as contas apenas por causa do índice de folha?”, questionou.
Lau também citou o projeto Olho D’Água da Amazônia, que, segundo ele, poderá ser prejudicado, com o corte de repasse do BNDES, se as contas fossem reprovadas. Está previsto um repasse de mais de R$ 1 milhão agora em abril e outro repasse no mês de outubro.
No entanto, os argumentos do líder não foram suficientes para convencer os vereadores de oposição. A vereadora Elisa Gomes, assegurou que o líder do prefeito mentiu ao dizer que o o projeto Olho D’Água da Amazônia será prejudicado com a reprovação das contas do prefeito. Conforme ela, para manter os repasses do BNDES, é necessário apenas a prestação de contas da aplicação dos recursos.
A parlamentar disse que alertou o prefeito sobre o índice de folha ainda no início da administração. “Não é simplesmente o índice da folha. O primeiro projeto do prefeito enviado para a Câmara foi para contratar 200 servidores comissionados. Orientamos o prefeito que as contratações eram inviáveis. Mas ele não nos deu atenção. O prefeito também não veio à Câmara para explicar os apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas”, enfatizou Elisa, justificando seu voto pela reprovação.
O vereador Rogério Colicchio disse que não ficaram claras as justificativas que a reprovação das contas implica no corte dos repasses do BNDES para o projeto Olho D’Água da Amazônia. “O banco acompanha a aplicação dos recursos no convênio. Meu voto é político”, asseverou o petista.