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Política Sábado, 20 de Maio de 2017, 00:00 - A | A

20 de Maio de 2017, 00h:00 - A | A

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Dono da Friboi revela propina de R$ 25 mi a Silval em troca de incentivos



Welington Sabino, repórter do GD

A delação premiada dos donos da JBS/Friboi que sacudiu o cenário político brasileiro e pode resultar no impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) também respinga em Mato Grosso complicando ainda mais a situação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que já está preso há 1 ano e 8 meses acusado de chefiar vários esquemas de corrupção com desvio de milhões de reais. Isso porque, os irmãos Joesley e Wesley Batista e também o diretor comercial da empresa, Valdir Boni, afirmaram para a Procuradoria Geral da República (PGR) que pagou R$ 25,5 milhões em propina para o grupo liderado por Silval.

Em contrapartida a empresa deixou de pagar R$ 73,5 milhões em ICMS, valor resultante do cálculo de créditos que a JBS deixou de lançar em seu favor em razão do sistema anteriormente vigente de recolhimento por estimativa. Vale lembrar que os incentivos fiscais concedidos irregularmente para empresa já foram contestados pelo Ministério Público Estadual (MPE) ainda em 2014 quando propôs uma ação por improbidade contra Silval, contra a Friboi, seu diretor Valdir Boni e outros 3 ex-secretários de Estado. As contas de todos os réus foram bloqueadas até o valor de R$ 73,5 milhões.

No documento com detalhes da delação de Weslei divulgado pelo site Folhamax, ele relata que Silval Barbosa assim que assumiu o governo de Mato Grosso em 2010, esteve na sede da empresa, em São Paulo (SP) pediu ajuda financeira ao grupo para custear sua campanha eleitoral. O encontro inicial foi com Joesley Batista.

Silval teria argumentado que os empresários seriam compensados por redução dos impostos estaduais. Naquela época, o peemedebista se preparava para disputar a reeleição, como governador. Até então ele era vice de Blairo Maggi (hoje no PP) que naquela época deixava o governo para disputar uma vaga no Senado.

Conforme a delação, a partir de 2011, Joesley Batista assumiu a presidência da empresa e os contatos de Silval Barbosa foram direcionados para ele. O ex-secretário de Fazenda, Pedro Nadaf também é citado na delação de Wesley Batista. O acerto era para a JBS fazer o pagamento em 3 parcelas de R$ 10 milhões por ano totalizando R$ 30 milhões. Porém, em 2014 o repasse não foi feito integralmente em virtude de uma multa aplicada pela Secretaria Estadual de Fazenda. 

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