Reportagem MT Norte
Bernardo Patrício (SD) que perde pela segunda vez consecutiva a eleição para a presidência da Câmara de Alta Floresta (ele concorreu também em 2013 quando foi eleito Emerson Machado), fez um verdadeiro desabafo em seu pronunciamento, na sessão de ontem, antes da eleição que elegeu a nova mesa diretora do poder Legislativo. Deixando claro que foi vítima de uma orquestração de seus adversários, o vereador deixou claro que foi sacaneado pelos vereadores egressos de sua chapa.
Ele discorreu sobre o período de articulações em que foi formado o grupo dos 7 vereadores- que foi desfeito na quinta-feira da semana passada com a saída dos vereadores Elói Crestani, Tuti e Paulo Jiló- esclareceu como transcorreu o processo e deixou claro que se sente traído.
“Ninguém forçou a barra para ser presidente. Minha candidatura surgiu naturalmente. Eu abri mão para o Eloi ser candidato e ele segurou a minha mão e disse que o presidente seria eu. Mesmo os 7 vereadores dizendo que votariam em mim, eu ainda não me sentia presidente, pois no passado já me passaram a rasteira. E dizia que só seria presidente depois da votação”, reiterou Bernardo.
O parlamentar, que está no terceiro mandato e tentou, sem sucesso, ser presidente do poder Legislativo pela terceira vez, disse que queria ser presidente para fazer a diferença. Valorizar os vereadores, os funcionários, e cobrar da administração municipal as ações que não estão sendo feitas para contemplar a sociedade e melhorar Alta Floresta.
Mais adiante, o vereador disse que não tem nada contra o vereador Elói Crestani. Só lamenta a forma como as coisas aconteceram. “Ele foi pressionado por este grupo político que comanda o PMDB. Dizer que o Eloi não podia votar em mim porque sou oposição não é verdade. Nunca fui oposição. Sou oposição as coisas erradas que a administração municipal tem tentado da fazer”, enfatizou.
Bernardo lembrou que na eleição anterior da mesa diretora, quando também foi candidato, o vereador Mendonça, que era seu companheiro de partido votou no candidato Emerson Machado. “Eu nunca questionei o vereador Mendonça por ser do mesmo partido e votar contra mim. Respeitei o seu voto. Assim como respeito o vereador Tuti, que estava na minha chapa e também mudou de lado”, protestou.
Por último, disse que não guardará mágoas por ter perdido a eleição. “Gostaria de ser presidente para ter mudanças na Câmara Municipal. Mas a eleição da mesa não tem nada a ver com os trabalhos. O que importa é fazer o melhor pela população”, assegurou.