Em depoimento na CPI dos Incentivos e das Renúncias Fiscais, o doleiro Lúcio Funaro revelou amizade com o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva. Contou que a JBS deve R$ 100 milhões por serviços prestados por ele ao grupo e citou sua relação com empresário Fernando Mendonça, envolvido na operação Ararath.
No depoimento, Funaro contou que nunca viu um ex-governador na casa dos irmão Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. Textualmente, ele disse que nunca encontrou com os ex-governador Blairo Maggi (PP), Silval Barbosa (MDB) e Pedro Taques (PSDB). A JBS foi procurada, mas não se manifestou sobre o depoimento.
Funaro procurou não dar outros nomes. Disse que sua delação com a Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda está em segredo de justiça e ele foi orientado por seus advogados a não dar os detalhes.
Segundo o presidente da sessão, deputado Wilson Santos (PSDB), Funaro orientou a comissão da Assembleia Legislativa pedir sua delação ao Ministério Público Federal (MPF).
Funaro disse ser operador de Eduardo Cunha e foi questionado pelos deputados sobre os nomes do MDB ajudado por ele em Mato Grosso. Os deputados quiseram saber a influência de Funaro na gestão Blairo Maggi no Ministério da Agricultura e ainda se o doleiro atuou em favor de Wellington Fagundes (PL) na eleição para o Senado em 2014.