O tempo de bandeira verde na conta de luz acabou. A Agência Brasil publicou matéria dando conta de que a partir do mês de novembro a bandeira tarifária a ser será aplicada será a amarela, que significa o custo de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo informações da agência, a medida se deve às condições hidrológicas menos favoráveis, o que determinou o acionamento de usinas termelétricas, consequentemente, mais caras.
Durante 2015 a bandeira utilizada foi a vermelha, que significava cobrança adicional de R$ 4,5 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, já a bandeira verde significa não há custo extra para os consumidores. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia elétrica em função das condições de geração de eletricidade. Por exemplo, quando chove menos, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado em janeiro de 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, mais cara do que a energia de hidrelétricas.
Além do aumento da conta de luz, a previsão é que o preço do gás de cozinha também seja reajustado. Segundo o presidente da Petrobras, Pedro Parente, com a redução de subsídios ao GLP, o gás de cozinha, pode ter reajustado o preço do botijão para o consumidor, mesmo que de maneira “mínima”. Parente esclarece que o impacto seja de cerca de 50 centavos. O presidente ainda esclareceu que não houveram reajustes no valor do GLP, mas sim, mudanças na logística que vem a justificar o reajuste.
A Petrobras ainda publicou nota na qual pontua que o impacto sobre os preços do botijão de 13 kg - referência para uso residencial - é de R$ 0,20 por unidade, na média do país. E isso representa 0,36% no preço de um botijão que custe R$ 55, por exemplo. De acordo com cálculos internos, o impacto máximo, desconsiderando a média nacional, não ultrapassará R$ 0,70 por botijão em nenhum ponto do país.”
Não se sabe exatamente como estes impactos vão ser absorvidos pelas distribuidoras e segundo a nota, caberá às distribuidoras e revendedoras decidir se absorverão o possível aumento causado pelo fim dos incentivos ou se repassarão o custo aos consumidores, de acordo com a petroleira.
Apesar de anunciado o motivo, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou por meio de nota que desconhece eventuais impactos nos custos das suas associadas ou mesmo em suas políticas de preços. Por isso, considera cedo e irresponsável falar em impacto no varejo, já que o preço do GLP é livre, não sujeito a tabelamentos, cabendo ao consumidor final pesquisar o melhor serviço e preço. Questionada sobre a medida se traduzir em um corte de despesas, a Petrobras disse que alterou os contratos de fornecimento para “melhor refletir custos de logística que tipicamente deveriam por elas ser cobertos, mas que eram suportados pela companhia”.
O consumidor precisa estar atento aos reajustes e acompanhar o seu consumo. Além dos reajustes nestes itens básicos, podem haver aumentos dos preços dos produtos de consumo em geral para esse último bimestre de 2016.