Assessoria
O governador Mauro Mendes (DEM) trabalha com a projeção de que o Estado terá 4 mil pessoas infectadas durante a pandemia do coronavírus. A informação consta na resposta do Executivo enviada aos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho - MPE, MPF e MPT, para justificar a flexibilização das medidas de isolamento social.
No documento, Mendes afirma que a sua decisão de autorizar a abertura de shoppings, lojas, call centers, comércios entre outros estabelecimentos, tem respaldo científico com base nos casos da Itália.
O documento também garante que o sistema estadual de Saúde está preparado para enfrentar a pandemia, mesmo na hipótese de ocorrer o pior cenário projetado de propagação da pandemia.
O cenário esperado é que a cada 1000 pessoas, 200 precisarão de atendimento hospitalar, com 50 que precisarão de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Ao compararmos esse cenário com o Estado de Mato Grosso temos uma estimativa de infectados de pouco mais de 4 mil pessoas. Isso deve gerar uma perspectiva de que 850 pessoas precisarão de atendimento hospitalar e, dentro desse grupo, cerca de 200 a 220 leitos de UTI, conforme afirmou o Dr. Abdon Salam Khaled Karhawi, que é especialista em infectologia e professor da Universidade Federal deMato Grosso”, diz trecho do documento.
Sobre a determinação do isolamento vertical adotado na última quinta-feira, 26, a justificativa é que a medida segue a nota técnica expedida pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Segundo Mendes, a recomendação pelo isolamento horizontal, quando todas as pessoas ficam reclusas e não apenas as da faixa de risco, só ocorrerá quando se confirmar que há “transmissão comunitária” no Estado.
Municípios - O decreto publicado pelo governador na quinta-feira, 26, estabeleceu limites às 141 prefeituras quanto as medidas de enfrentamento da Covid-19, o coronavírus. A partir de agora, decretos considerado 'extremos' definidos pelos chefes dos Executivos municipais só terão validade mediante relatório técnico e científico, que justifique, por exemplo, o fechamento de áreas comerciais que geram receita para o estado e emprego à população.
“Nosso desafio é manter a atividade econômica. Estamos preocupados em equilibrar as coisas. Vamos cuidar para salvar vidas, mas cuidar também para não arruinar a vida da nossa população. Vejo pessoas tomando medidas drásticas, porque está com dinheiro em conta e estoque de comida em casa. A virtude está no equilíbrio”, ponderou.