Poprtal de Mato Grosso
pré-candidato ao cargo de governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), comprovou com documentos da própria Secretaria de Fazenda a existência do déficit financeiro no valor de R$ 3,6 bilhões, referente ao balancete de janeiro a junho de 2018.
“Esse é o déficit que existe hoje. Só para os poderes são R$ 700 milhões. Isso já supera os R$ 500 milhões que ele [Rogério Gallo, secretário de Fazenda do Estado] falou. O Rogério Gallo é muito competente, mas há uma confusão de número e de semântica. Mas, para evitar dúvida, nós vamos divulgar a planilha, que é da própria secretária de Fazenda, estão lá todos os dados certinhos.
Na terça-feira (24.07), o ex-prefeito apresentou o valor atual do déficit público de Mato Grosso. Na quarta-feira (25.07), os dados foram confrontados pelo secretário de Fazenda, Rogério Gallo, durante entrevista a imprensa.
“Agora eles que precisam explicar. Os dados são públicos e oficiais da Sefaz”, destacou Mauro Mendes, que afirmou que somente trabalhará com a verdade, como sempre fez durante todos os anos de vida pública. “Quem fala a verdade fica muito tranquilo, não vou inventar números”, disse, aos jornalistas da Rádio Vila Real, na segunda entrevista concedida nesta quinta-feira.
“Para resolver um problema tão grande como esse, você vai ter que tomar uma medida em todos os ângulos e combater a sonegação. O que não pretendo fazer é aumentar impostos, a população não aguenta mais. Eu acredito que muitas medidas precisarão ser tomadas de qualquer jeito”, destacou, lembrando as ações que realizou na Prefeitura de Cuiabá que equacionou a crise econômica e manteve as contas ajustadas com os valores arrecadados pelos cofres públicos.
Confirmação do déficit por Gallo e pelo governador
No dia 6 de fevereiro deste ano, em audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, quando o governador Pedro Taques apresentou a proposta para a criação do Fundo de Estabilização Fiscal, o próprio chefe do Executivo confirmou para todos os deputados e representantes do Ministério Público e Tribunal de Contas, a existência do déficit de R$ 3 bilhões.
O secretário Rogério Gallo, inclusive, afirmou que “o fundo deve existir por um prazo determinado, para que nós tenhamos condições de definitivamente rumar para o equilíbrio fiscal, que é gastar exatamente aquilo que se arrecada. Como isso não ocorreu por inúmeros fatores ao longo do tempo, gastou-se mais do que se arrecadava, nós temos um déficit hoje de aproximadamente de R$ 3 bilhões. Portanto é necessário o fundo para que o Estado tenha condição de sobreviver e de dar fôlego para a sua Fonte 100", relatou a toda a imprensa em 6 de fevereiro deste ano.