Reportagem Mato Grosso do Norte
Se for condenado em todos os processos da Operação Arca de Noé, o ex-deputado estadual José Riva pode pegar 960 anos de prisão. A observação foi feita pelo promotor de Justiça, Sérgio Silva da Costa, presente na audiência de dois desses processos na tarde desta quinta-feira.
“Em cada um dos processos Riva pode pegar de dois a 12 anos. Ele tem mais de oitenta processos, somente relacionados a Arca de Noé. Fora as questão novas que temos acompanhado”, afirmou o promotor.
A Operação Arca de Noé, deflagrada em 2002 pela Polícia Federal em conjunto com outros órgãos de investigação para desmantelar o crime organizado em Mato Grosso chefiado na ocasião pelo bicheiro e agiota João Arcanjo Ribeiro. Contra Riva pesam denúncias de que enquanto presidente e 1º secretário da Assembleia Legislativa, autorizou a emissão de cheques para empresas fantasmas, os quais foram descontados nas factorings de João Arcanjo.
“Houveram as instruções de todos os processos e agora estão na fase final, que é o interrogatório, que é o ultimo ato. Uma vez confirmada a acusação, haverá condenação sim. Hoje a gente está na fase final que são os interrogatórios com os réus. Portanto o processo está praticamente concluído”, explicou Sérgio Silva da Costa.
Silval Barbosa- Nesta quinta-feira, 28, o desembargador Pedro Sakamoto, da Segunda Câmara Criminal, nega mais um pedido de soltura do ex-governador Silval Barbosa. Diante da negativa, a defesa de Silval estuda a possibilidade de recorrer da decisão junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Silval teve a prisão decretada pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, em 15 de setembro, na deflagração da Operação Sodoma. O peemedebista é apontado como chefe de um esquema que teria fraudado a concessão de incentivos fiscais no Estado.