Em resposta a vereador, Luiz Carlos disse que Falta de recurso não vai interferir na qualidade do serviço de recuperação da malha viária.
O secretário de Obras da prefeitura de Alta Floresta, engenheiro Luiz Carlos de Queiróz, negou que tenha admitido ao vereador Tuti (PSDB), que o serviço de recuperação das estradas da zona rural do município, não sejam de boa qualidade em função da falta de recursos da prefeitura.
Na sessão de segunda-feira, 26, o parlamentar externou sua preocupação com relação ao serviço que a secretaria de Obras vem realizando. “As estradas só estão sendo patroladas e não estão sendo cascalhadas. Este serviço vai trazer muitos problemas quando começar a chover. Estou preocupado!”, afirmou. “Aqui na cidade a gente consegue desviar e passar, mas na zona rural não tem como passar quando tem atoleiros ou quebra uma ponte. A área plantada em Alta Floresta vai saltar de 25 para 50 mil hectares e não vai ter como fazer o escoamento desta produção”, completou Tuti.
Na sequência, disse que havia conversado com Luiz Carlos, e que o mesmo também estava preocupado, e declarou que a prefeitura não vai ter recursos para cascalhar as estradas e será feito apenas o patrolamento.
Luiz Carlos rebateu as afirmações do vereador, afirmando que existe um equívoco no entendimento do vereador e os trabalhos de recuperação da malha viária estão em ritmo acelerado. “Estamos concentrados no cascalhamento da zona urbana. Até no dia 20 de setembro vamos terminar na cidade e ir para a zona rural. Todos os pontos críticos nas estradas de acesso às comunidades serão cascalhados”, assegurou Luiz Carlos.
Luiz Carlos disse que existe realmente a falta de recursos na prefeitura, mas isto não irá implicar na qualidade do serviço que será feito na zona rural. “O serviço de patrolamento está adiantado. Temos várias frentes de serviço. Na terceira Leste estamos trocando bueiros de madeira por de concreto. Fizemos a 1ª Norte, 3ª Leste e Vila Rural e estamos terminando o setor Leste e Ramal do Mogno”, relata o secretário.
Ele acredita que haverá tempo para realizar todo o serviço, tanto na cidade como na zona rural antes de começar a chover. “Vamos fazer tudo para concluir todos os setores. O s pontos de estrangulamentos nas estradas rurais, em todas as chuvas, tem! Mas a prefeitura estará preparada para atender e resolver para não deixar moradores ilhados. É uma prioridade da prefeitura recuperar pontos críticos, seja uma ponte ou um bueiro que cai o mais breve possível. Muitas vezes arrumamos no mesmo dia. Nunca deixamos de fazer!”, pontuou Luiz Carlos.
Em tom de desabafo, o secretário comentou que muitas vezes os vereadores criticam o que a prefeitura deixa de fazer, mas não enxergam o que está sendo feito. “A prefeitura está fazendo muitas obras. A secretaria de Obras está com várias frentes de serviço, trabalhando intensamente. Tem asfalto no bairro Vila Nova, lama asfaltica sendo executada, pontes e bueiros na zona rural, asfalto no bairro Araras, pinturas de quebra molas e faixa de pedestres, asfalto no Boa Nova 3 e no final da rua A. tem obras que estão sendo feitas em parceria, mas a prefeitura tem a sua contrapartida. As parceria estão trazendo resultados positivos”, comenta.
Parcerias- Luiz também refutou afirmações de que a estrutura da prefeitura está sendo usada para beneficiar candidatos na campanha eleitoral. Conforme ele, a prefeitura está fazendo apenas a sua parte do que foi definido em determinadas parcerias.
Ele citou exemplos de obras que estão sendo executadas em parceria e que são importantes para a sociedade. Sobre a lama asfática que está sendo feita na cidade, Luiz Carlos explicou que o prefeito Asiel Bezerra fez uma parceria com o Estado, através de deputados estaduais, em que o Estado entra com a emulsão de asfalto e a prefeitura com o frete, o pó de pedra e o pedrisco.
“A prefeitura está fazendo a parte dela e o governo estadual a dele. Não tem nada a ver com política. A lama asfaltica é importante porque melhora a qualidade do asfalto e não vamos precisar ficar tapando os buracos constantemente. As parcerias são decididas pelo prefeito. A secretaria de Obras apenas põem em prática o que é definido pelo prefeito”, afirma.
Luiz citou também a recuperação da MT 325, em que a prefeitura de Alta Floresta entrou com as máquinas e a execução do serviço e o governo estadual com o óleo diesel. Outra obra feita em parceria, segundo o secretário, é o asfalto no final da rua A. O empresário Nei Baganha, que está fazendo investimento de um loteamento numa área próxima, entrou com o material e a prefeitura está fazendo o serviço de asfalto.
“Não negamos que existe a falta de dinheiro, mas a prefeitura está trabalhando muito. O que tem que ser feito e a classe política se unir para mudar a situação que Alta Floresta está passando. Hoje temos de 65 a 70 mil habitantes e os repasses que o município recebe e sobre uma população de 49 mil habitantes”, observou Luiz Carlos.
O secretário também negou que caminhões e máquinas da prefeitura permanecem parados por falta de crédito e de dinheiro para a prefeitura fazer a compra de peças e óleo diesel. “Tem uma empresa que ganhou a licitação e temos que comprar dela. Às vezes ela não tem a peça a pronta entrega ou algum pagamento da prefeitura está atrasado, e o empresário só entrega a peça quando a prefeitura faz o pagamento”, esclarece Luiz.
José Vieira do Nascimento Editor MT Norte