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Política Sexta-feira, 21 de Julho de 2017, 00:00 - A | A

21 de Julho de 2017, 00h:00 - A | A

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Silval revela que recebeu R$ 15 milhões de propina de desapropriação



Reportagem Mato Grosso do Norte

 

Ex-governador Silval Barbosa (PMDB) prestou novo depoimento nesta quinta-feira, 20, à juíza Selma Rosane Santos Arruda, na 7ª Vara Criminal. O ex-governador apontou o ex-secretário Chefe da Casa Civil Pedro Nadaf e o procurador aposentado Chico Lima como mentores do esquema que desviou cerca de R$ 15,8 milhões da desapropriação de áreas no Jardim Liberdade, em Cuiabá, quando o Estado pagou R$ 31,8 milhões pelo imóvel.

 "Pedro Nadaf que ficou na coordenação do esquema com Chico Lima. Nadaf era uma pessoa de extrema confiança minha e tinha carta branca para tomar decisões para resolver os problemas das dívidas”, disse.

Silval Barbosa afirmou que parte do dinheiro de um esquema envolvendo uma desapropriação do Estado em uma área do Bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, foi usado para pagar dívidas com os empresários Valdir Piran e Alan Malouf. Quanto a Alan, disse que pagou uma dívida de R$ 1 milhão, com dinheiro obtido por meios “não legais”.

Silval afirmou não ter conhecimento a respeito da participação do ex-presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), João Justino Paes de Barros, no esquema.

“Sobre o João Justino, não sei nada de sua participação. Mas com relação a essa compra de ouro para o Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, quero dizer que em lugar nenhum na região norte se compra ouro com desvalorização de 30%. Eu já trabalhei com isso lá, se ele fez isso, venderam ouro falso para ele”.

Ao final, o ex-governador acabou recebendo cerca de R$ 15,8 milhões, mais ou menos metade da desapropriação, e na distribuição do dinheiro contou ter repassado R$ 10 milhões para Piran (pela dívida), R$ 500 mil para Nadaf, R$ 200 mil para o jornalista Antônio Carlos Millas e R$ 200 mil para o empresário Alan Maluf.

Ele não soube dizer o quanto ficou para Marcel, mas disse ter visto que na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) o valor apontado era de cerca de R$ 600 mil.

 

 

 

 

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